17 dezembro, 2011

Deve andar tudo doido!

Já não falo dos países do sul da Europa, falo dos líderes dessa velha Europa que se sentam à volta de mesas em reuniões ditas complexas onde são esbanjados rios de dinheiro que tanta falta faz a quem precisa e que no fim decidem coisas mirabolantes em que ninguém acredita.
A Europa que sempre foi uma manta de retalhos, com todos a bater uns nos outros, que alimentou guerras que duraram mais de cem anos consecutivos, que construiu alianças à medida dos interesses dos ricos e poderosos, que se cindiu em religiões diversas que ainda hoje são marcas indeléveis de antigas disputas, que tem uma diversidade de linguagem monstruosa, onde dentro de certas fronteiras os antagonismos são tão fortes que quase os torna ingovernáveis, deixa-se conduzir por uma alemã do leste que traumáticamente abomina tudo a que lhe cheira a esquerda, sejam eles conceitos de raça, credo, cultura ou sociedade, que tem um medo que o estado lhe tolha os movimentos, que transforma as pessoas em simples números e que, por casmurrice, atira com o Euro contra uma parede mas sempre gritando que o defende.
Os nazis também atiravam crianças judias contra a parede em nome da defesa da pureza da raça, afirmando que não matavam pessoas mas apenas unter menschen!
A Alemanha, que tem agora a lata de vir defender um défice de 0,5 % e os restantes países que com ela alinharam se limitaram a abanar a cabeça, ou andam a brincar às reuniões ou não sabem sequer o que fazer!
A Alemanha e a França que violaram os critérios da UE quanto a défices e logo foram perdoados agora atiram pedras aos restantes exigindo-lhes um respeito que nunca tiveram, e creio bem, que nunca pensarão ter, pois lá está a salvaguarda do endividamento para se safarem da tramóia ou outras medidas que por aí virão.
Os restantes apíses, são apenas gente pequena e sem coluna vertebral, aterrados com o que lhes pode vir a acontecer num futuro próximo.
Esta canalha que se senta nos cadeirões do poder mostra que não tem preparação suficiente, nem qualidade para contruir uma Europa unida, está na hora de quem manda em democracia dizer basta, ou será que ainda acreditam em milagres?

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