12 julho, 2011

Economia

Sempre me fez uma grande confusão ver esta disciplina crismada de ciência e há até quem lhe chame arte!
Perdoem-me os profissionais da área, mas a começar pelas confusões que existem entre eles, atrevo-me a citar Galbraith que nos dizia que, e passo a citar, a economia é extremamente útil como forma de emprego para economistas.
Ouvindo falar os licenciados, mestres, doutorados e quejandos, fica-se com a ideia que, tal como o fazem os especialistas que de nada sabem, usam uma linguagem própria a que o vulgo deu o nome de economês, eivado de estrangeirismos (trend, mix, default, market, benchmark, budget, cash-flow), acrónimos (BCE, GDP, PIB, FMI, EBITDA), termos esotéricos (swap, bond, alavancagem, custos de oportunidade) que se destina principalmente a confundir o que é simples.
O centro da economia é o mercado, onde têm de ser conciliadas duas vontades antagónicas entre si, a do vendedor e a do comprador, desde que exista fiscalização bastante tudo deve correr bem.
O vendedor vende ao preço que o comprador acha justo, o comprador deve pagar o preço que esteja equilibrado nos seus critérios, os fiscais devem zelar pelo bom aferimento dos pesos e medidas e pela qualidade da mercadoria, tudo o resto, é treta.
Sendo as coisas tão simples, para que servirão então os economistas?
Os especuladores é que os criaram e alimentam principescamente, pois deles, não vindo todo o mal, vem grande parte dele, pois passam a vida a contar-nos histórias que nos convencem a gastar o que não temos para comprarmos o que não precisamos, e depois levam-nos dinheiro para nos explicarem porque é que andamos mal, retirando-se da cena como se nada tivessem a ver com o assunto, indo recitar (principescamente pagos) soluções para o centro das vilas.
A economia é real, o economista é uma preversa criação dos que enriquecem nos mercados.

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