Uma preferência (tb) minha, este lamento. Ouvi-a a 1ª vez há muitos anos, numa exposição: uma sala enorme, vazia, a forma duma figura branca a um canto, de pé. A música soava naquela nudez como um raio de infelicidade. Na sala a seguir, a mesma música e um quadro enorme onde corria, lento, um vídeo: apenas se via gente a passar numas portas de um aeroporto, sempre e sempre. Nunca mais a esqueci.
Quando o ouço recordo-me sempre do pequeno prodígio que, segundo reza a lenda, ouvindo-a uma só vez a escreveu toda de memória o que na altura foi considerado sacrilégio.
2 comentários:
Uma preferência (tb) minha, este lamento.
Ouvi-a a 1ª vez há muitos anos, numa exposição: uma sala enorme, vazia, a forma duma figura branca a um canto, de pé. A música soava naquela nudez como um raio de infelicidade.
Na sala a seguir, a mesma música e um quadro enorme onde corria, lento, um vídeo: apenas se via gente a passar numas portas de um aeroporto, sempre e sempre.
Nunca mais a esqueci.
Quando o ouço recordo-me sempre do pequeno prodígio que, segundo reza a lenda, ouvindo-a uma só vez a escreveu toda de memória o que na altura foi considerado sacrilégio.
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