Já há muito que não se ouve falar em grandes autores.
Vivos, temos a Augustina, o Lobo Antunes, o Al Berto, o Ramos Rosa, o Manuel Alegre, o Graça Moura e Herberto Helder, e, recentemente desaparecidos o Torga, o Vergílio Ferreira, o Assis Pacheco, o Eugénio de Andrade, a Sophia de Mello Breyner e o José Saramago, para o meu gosto, chega como grandes.
Para um País que ainda no século passado, para além de um Nobel, tinha nomes como o Cardoso Pires, O'Neil, Sttau Monteiro, José Régio, Ary dos Santos, Fernando Pessoa, Aquilino Ribeiro, Ferreira de Castro, Jorge de Sena, António Gedeão, Vitorino Nemésio, Alves Redol, Mourão-Ferreira, Natália Correia, Sebastião da Gama, Ruy Belo, Mário de Sá-Carneiro, e tantos outros.
Creio que como o País, também estes definham e desaparecem quiçá desesperados pela tristeza e mediocridade pungente que os rodeia.
Esperemos que as musas os animem e que os fados lhes sejam favoráveis, pois, sem eles, a língua também morrerá e cairá no esquecimento que a nação do outro lado do Atlântico tem vindo a alimentar.
4 comentários:
Tentamos esbracejar
pelo impossível reviver da bela língua. Alguns novos.
Mas sim, fica-se vazio com tanto vazio.
Abç
Eu sei que há por aí alguma gente com qualidade, mas quem os publica?
Morres tu muito antes da literatura portuguesa. (Tu e eu, aliás). Se andasses um pouco atento saberias que temos autores em quantidade e qualidade suficiente para manter o elevado nível da nossa literatura (e estou a pensar apenas nos que estão editados).
Caro RC, os gostos são como são e não como gostamos que fossem.
Espero bem que a literatura não morra, mas, já agora, gostaria de saber quem são esses tais autores que por aí andam em quantidade e qualidade idêntica à dos que assinalei. Se me puderes ajudar, agradeço.
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