Há democracias que têm um estranho conceito de liberdade!
Vem isto a propósito do crescente movimento que vem proibindo uma série de coisas em nome do chamado bem comum.
Há uns tempos atrás foi a Islândia que decidiu que os fumadores só o poderão ser se munidos de uma receita médica! Há uma semana a Bélgica proibiu o uso da burka em lugares públicos! A França, o país da Liberté, Igualité, Fraternité, há muito que proibiu a utilização de simbolos religiosos nas escolas como se a liberdade de religião não devesse existir nas escolas públicas!
Tudo isto são formas de opressão contra minorias, ou seja, a democracia transforma-se num repente na ditadura da maioria.
Poucas ou nenhumas discussões existem sobre o assunto, pois são incómodas ou são na maior parte dos casos eivadas de preconceito.
Quando a democracia se sobrepõe à liberdade creio que algo vai mal, muito mal...
2 comentários:
Concordo em absoluto. A lei do tabaco que está em vigor nos vários países europeus (com as nuances que a nossa tem) é boa, e representou um avanço civilizacional, porque ninguém tem de levar com fumo em segunda mão. Mas o que tem sido feito com o preço do tabaco, que duplicou em 2 ou 3 anos em Portugal, é, na melhor das hipóteses, paternalista, manipulando e restringido as opções privadas de cada um, e na pior das hipóteses procura apenas extrair dinheiro de uma classe de pessoas que não se pode queixar nem manifestar porque ninguém as leva a sério (as pessoas já enraizaram que o fumador é uma espécie de cro-magnon, que não corresponde ao ideal burguês do slow and healthy food, do gym, do sono relaxante, e que por isso pode ser desprezado à vontade).
Como ex-fumador acho bem que se limite o uso do tabaco em recintos fechados, mas daí a estender a proibição a locais públicos ao ar livre ou torná-lo mais caro do que outro tipo de drogas tanto ou mais perigosas do que ele, já entra na área dos radicalismos saloios e limitadores da liberdade de cada um.
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