No tempo do anterior governo, quando o rating caía, era para aí um coro de virgens ofendidas a culpar as más medidas, a ineficiência governamental e a irresponsabilidade do primeiro-ministro.
O Presidente da República, quando o primeiro-ministro protestava contra o desajuste do rating, professoralmente dizia que não se podiam culpar os mercados e que não nos devíamos concentrar nas críticas às agências antes devíamos mostrar obra consolidada.
Os jornalistas e comentadores económicos, apontavam o dedo acusatório e vomitavam barbaridades sobre a mão invísível dos mercados, a disciplina orçamental, as boas práticas económicas e a inépcia governamental.
Muda-se o governo e o rating continua a descer e a que é que assistimos!?
As virgens dizem não entender os critérios de quem o atribuiu (antes compreendiam-nos perfeitamente!), o Presidente da República esqueceu-se do que dizia e afirma que o corte foi injustificado, os jornalistas e comentadores económicos dividem-se entre os que acham que a culpa é da Grécia e os que entendem que a Moody's ainda não se apercebeu das medidas do governo, e, finalmente, o governo faz sair um comunicado onde critica a atitude da agência.
Se tudo isto não fosse uma estultícia, poder-se-ia pensar que estávamos a falar de dois países diferentes, mas não..., é no nosso que estas coisas acontecem e parece que ninguém dá pela diferente posição assumida entre o antes e o depois.
Será isto ético, honesto, moral ou é apenas vergonhoso?
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