27 março, 2013

Um estranho silêncio

Numa altura em que, o atual (des)governo quer mandar para a mobilidade os professores obrigando-os em alguns casos a dar aulas a mais de 200 Km da sua residência, que desenha novas zonas pedagógicas, que discute a dispensa de 50.000 deles, que pretende privatizar escolas públicas, que quer cortar salários, entre muitas outras patifarias, torna-se demasiado estranho ver a passividade desta classe perante a tremenda ofensiva que se abateu sobre a clase.

Lembrar-me eu das monstruosas manifestações que congregaram milhares de professores quando o que estava em causa era a avaliação, que muitos negavam ser o motivo pela qual se manifestavam!!!

Que estranha letargia acompanha agora tão aguerrida classe!

Até o inefável Nogueira ameaça sentar-se no escadório do ministério... mas apenas por uns momentos, a ver se fica bem no boneco. Lembrar-me eu do seu sorriso cúmplice a receber Passos Coelho e revisitar a sua agressividade no tempo da Maria de Lurdes...

Como é delicioso verificar que afinal o adágio "Quanto mais me bates, mais eu gosto de ti" é o lema de tão esclarecida classe.

E se tivcessem vergonha? Não!

26 março, 2013

Zeros à esquerda!

Alertado pelo Miguel Abrantes, fui ler a crónica do Jorge Fiel a quem rapinei a ideia para o nome deste 'post' e que é emblemática sobre a forma que, alguma gente neste país, usa e abusa para lixar todo que cheira a Norte.

Há muito que o Norte do país deveria ser tratado de modo diverso, mas quando os poderes regionais são os primeiros a não levantar a vontade contra os desmandos que por cá se praticam, sobram apenas algumas vozes para alertar para os verdadeiros malefícios que certas decisões acarretam.

Os casos que o Jorge enuncia - portagens da A28, ligações ferroviárias, nomeadamente a Porto-Vigo, a triste novela dos estaleiros de Viana, a que se podem juntar muitos outros, como o túnel do Marão, a tentativa de anular o aeroporto Sá Carneiro, o esquecimento do porto de Leixões, a ligação aérea Bragança/V Real/Lisboa, a asafixia do IPATIMUP, o desprezo pela reabilitação urbana do Porto, o esvaziamento da RTP/Norte, entre os muitos - são sintomáticos de uma estranha maneira de ver do desenvolvimento harmónico.

Ainda há dias, o PR veio a correr cá ao norte felicitar os que apostaram na região. criando fábricas de alta tecnologia, esquecendo que muitas vão fechando, não por falta de apoios, mas por falta de visão de quem entende que o país é um subúrbio da cidade onde assentam os fundilhos.

A culpa, infelizmente não é só atribuível a este governo, mas este é um dos que nos últimos tempos e em condições adversas tem feito uma política que poderíamos chamar de "terra queimada" sem querer inflamar a questão.

O interessante, é ver por lá sentada gente do Norte, que gosta de encher o peito com o Norte, mas  que entretanto se esqueceramm de defender, quiçá por falta de personalidade pois será essa uma das maneiras com que tentam mascarar a sua inépcia para o desempenho de funções para que foram convidados.


25 março, 2013

Perguntas simples

Se o Vitor Gaspar trabalhasse para uma empresa privada, como diretor Financeiro, depois de não acertar uma ainda estaria empregado?

Se Passos Coelho fosse feitor numa quinta, manteria o emprego depois de despedir os trabalhadores, matar o gado à fome, contratar os afilhados qiue nunca trabalharam para semear a horta e podar o pomar, entregar o poço aos amigos de ocasião e vender a maquinaria para ir alugá-la logo a seguir?

Será que a 'troika' algum dia admitirá que errou e que o seu plano não tinha hipótese de resultar?

Será que Cabaco Silva acredita ser o presidente de todos os portugueses ai deixar priveligiar uns em detrimento de outros?

Será que a justiça anda tão cega que ainda não encontrou maneira de trabalhar melhor e com menos dinheiro?

Será que a oposição continua a preferir o combate fratricida em vez de orientar os seus esforços em prol dos que diz representar?

Será que a direita continua tão estúpida como antes e não vê que isto ainda vai acabar mal?

24 março, 2013

Com um pé dentro e outro fora

Mais uma vez, como vem sendo habitual, em certas e determinadas alturas o parceiro do PSD na coligação, dá ares de não estar em boa companhia.

Desta feita, foi o Diogo Feio que, à margem de uma reunião da comissão política, veio dizer aos jornalistas que seria bom haver uma remodelação governamental, juntando-se assim a Pires de Lima no aconselhamento a Passos Coelho!

Não sei o que é que Paulo Portas terá a dizer sobre o assunto, pois dá a impressão que mais uma vez mandou os seus cães de fila morder nas canelas do parceiro de coligação, pretendendo dar a impressão de que não sabe de nada!

Mas estes políticos são assim.

Mais à esquerda, depois de uma crítica mordaz feita no Câmara Corporativa, Francisco Louçã através do Facebook,  tenha engendrado uma espécie de resposta onde diz que não sabia do que se tinha escrito sobre ele no Correio da Manhã, como se fosse possível tal ocorrência.

Mais interessante é ver as imensas mensagens dirigidas ao querido ex-líder pelos seus seguidores, pois têm a mesma qualidade das que poderão ser ouvidas recitar por qualquer norte-coreano que se preze!

Pelos vistos, aos apoiantes do pequeno ex-líder não interessa se Louçã entendeu que o primo é um economistas 'muito reputado, com muitas qualidades, muito trabalhador e inteligente' e que aprecia o seu trabalho (!), ou que tenha entendido que ele iria aplicar o memorando da melhor forma que puder e que não teria muita margem de manobra.

Louçã defende-se atacando apenas quem citou o que foi público e nunca quem, segundo ele, mentiu! Do mesmo modo os seus apoiantes preferiram matar o mensageiro em vez de questionar quem mandou a mensagem, típico.

Noutro lugar, já outro patacôncio dizia há dias sobre Sócrates "Se isto é injusto ou não, é irrelevante. O que importa é que todos achamos e sentimos."

Pois..., mas este tipo também vota!

23 março, 2013

E agora, Seguro?

Dá a impressão que, com a anunciada chegada de Sócrates ao país, o PS, de repente, acorda e salta apressado para cima de uma moção de censura, que pode ser o canto de cisne das moções de censura da ala esquerda do parlamento nesta legislatura.

Mas, não chegará agora a moção de censura, é preciso mais, muito mais!

Seguro e o PS não poderão ficar-se pelas meras declarações de circunstância de que não é assim que se governa em crise, ou que as medidas apontadas pela governação são um desastre, terá de se esforçar e apontar caminhos, deixar sugestões do que faria, e mesmo correr o risco de apresentar soluções que possam ser utilizadas no limite por aqueles que quer ver apeados da governação.

Numa altura em que as vozes da direita tentam que o parecer do TC lhes sirva de boia de salvação para uma retirada estratégica, é necessário que alguém diga que já basta de encenações e garraiadas.

Pede-se ao PS que aja rápidamente e em força, sob pena dos cidadãos cada vez mais o olharem com a desconfiança que as diversas centrais de informação, maquivelicamente conduzidas, souberam plantar.

A bola está no campo do PS, pois o árbitro desde que se meteu a jogar do lado de uma equipa já não conta para nada.

22 março, 2013

O regresso do velho senhor

Olimpicamente, fez saber que ía regressar ao seu país, e, logo as trombetas se apressaram a dar a nova pelo reino.

Estupefactos (ou talvez não), os seus detratores, de imediato foram para a net e desenharam uma petição que, na sua essência, visa impedir um cidadão português de poder trabalhar num canal de televisão público, gratuitamente!

Claro está que outras petições surgiram, desorganizadas, umas a favor e outras contra, num festival de asneira que, sendo caricato, mostra até que ponto ainda há muita gente que não sabe viver em democracia.

Sintomático, entretanto, é a rápida unanimidade conseguida no PS para apresentar uma moção de censura, este que até há pouco ainda navegava nas águas da violenta abstenção.

Mais interessante a posição do Pacheco Pereira que, democraticamente entende que devia ser-lhe vedado o acesso à RTP, pois é uma televisão pública e como tal não devia ir buscar comentadores desse tipo, ainda se ele fosse do PSD ou do CDS, ou até como o colega que se senta normalmente à sua esquerda, e que parece decidido agora, depois da oferta de um tacho, a defender o governo atirando para cima dos microfones com teorias mirabolantes, ainda vá, agora o Sócrates! Que poderia vir a poder refutar algumas javardices em que ele se empenhou... nunca!

Espeo que o homem chegue, e debite as suas ideias. Tem o direito de o fazer e até de explicar, se quiser fazê-lo, porque é que tomou ou teve de tomar determinadas atitudes.

Sei que não poderá explicar tudo, pois há coisas que os superiores interesses de um país não permitem chegar à praça pública, mas que muito do que se falou e fala ficaria talvez mais claro, tenho poucas dúvidas.

Deixem-no falar, e depois se continuarem a querer condená-lo façam-no, mas proibi-lo de falar quando o não fazem a todos os outros, não!

21 março, 2013

Começa mal!

Rui Moreira apresentou a sua candidatura à Câmara do Porto, aliás, corolário do DAR O PORTO AO MANIFESTO que viu a luz em Fevereiro passado.

Mas o início, que se esperava tranquilo, já começou com problemas, com a concelhia do PSD/Porto a acusar a sua candidatura de roubo de uma base de dados.

Segundo Ricardo Almeida, líder da concelhia do PSD,  "Foi usada indevidamente a nossa base de dados dos militantes do PSD. Todos os militantes do PSD [do Porto] receberam, da parte da candidatura de Rui Moreira, um SMS e portanto estamos perante um crime de roubo da base de dados do PSD, a qual é confidencial e está protegida", o que fará com que os militantes do PSD/Porto se interroguem sobre a proteção dos seus dados e a dita confidencialidade pois pelos vistos, a ser verdade, não passa apenas da treta habitual que os donos dessas bases de dados atiram aos olhos das pessoas.

Se for verdade, Rui Moreira, começa mal pois lá se vai a transparência e a decência numa penada, se não for, o PSD/Porto determinadamente atira mais uma acha para a fogueira de onde sairá fortemente chamuscado.

Ver histórios apoiantes do Rui Rio a darem a cara por este candidato diz-nos a que ponto a fragmentação do PSD/Porto já chegou.

20 março, 2013

Será isto a União Europeia?

Segundo o jornal I, a Merkel terá telefonado ao presidente de Chipre avisando-o de que só poderia negociar com a "troika" a resolução dos problemas do seu país!

Não será isto uma intromissão inadmissivel de um estado soberano nos assuntos de outro país?

Não será isto considerado uma ameaça entre países soberanos pertencentes a uma mesma aliança?!

Será que Chipre passou a ser protetorado alemão?

No fundo de tudo isto está a questão energética, pois Chipre não tem mais nada para oferecer para além da exploração do gás natural que a Alemanha cobiça.

Se isto não são tambores de guerra, para já ainda económica, o que é que serão?

E que dizem os restantes países. Fazem como o Chamberlain e andam todos contentes com estes novos Sudetas?

19 março, 2013

Mais um estudo viciado

Vamos sabendo pela pasquinada habitual, que o governo finalmente recebeu o estudo comparativo entre as remunerações do setor público e do privado que tinha encomendado no ano passado e que deveria ter sido entregue em Novembro.

Não tendo ainda tido acesso ao mesmo, pelo que se vai lendo, chega-se à conclusão primeira de que o estudo é uma boa trampa, pois, pelos vistos quando se propõe fazer uma comparação da componente remuneratória fica-se pelos vencimentos base, esquecendo todas as alcavalas que lhe estão subjacentes e que há uns anos se colam ao salário mensal como moscas. Estou a falar de componentes remuneratórias tão importantes como, comparticipação nos lucros, prémios de produtividade, subsídios diversos - renda de casa, empréstimos para compra de habitação a taxas bonificadas, viatura de serviço, combustíveis, comunicações, despesas de representação, complementos de doença, férias extra e/ou pagas, apoio escolar aos filhos, planos de pensões, etc., etc., etc.

Não contentes com isso, o 'spin' já rola nos jornais afirmando-se que no estado se ganha mais do que no privado, numa generalização abusiva e sem demonstração nenhuma mas influenciadora do pensamento do zé povo que embarca nestas coisas, pois pensa que se todos atacarem a função pública, os que não pertencem a essa minoria ficam livres de sacrifícios.

A ajudar à festa, temos os ricos e poderosos que vão mandando uns bitaites, como fez Belmiro de Azevedo, que defendeu que a mão de obra barata é que é ou o pândego do "aguenta, aguenta"!

Aguardemos os próximos episódios de mais esta novela, pois o PM com a sua inteligência habitual já anda todo contente a dizer que as rescisões na função pública são uma nova janela de oportunidade!

Claro, então não é uma boa oportunidade ir para o desemprego!


17 março, 2013

Já perderam a vergonha toda!

Se alguém ainda tinha dúvidas sobre a classe de políticos que hoje em dia estão no poderna Europa, os últimos acontementos em Chipre são o indicativo que faltava.

Desta vez nem os disfarçaram de impostos, foram diretamente às contas de toda a gente e sacaram uma percentagem!

Que diferença haverá entre esta operação e a  dos pagamentos feitos forçadamente a extorquidores que, sob ameaça, espoliam quem lhes apetece?!

Chegados a este ponto, que mais haverá a fazer?

Será que a democracia se compadece com tais atitudes? É esta a Europa com que muitos de nós sonhavamos?

Será que nos querem empurrar para onde?

Tenho medo, muito medo!

15 março, 2013

No reino do disparate

Infelizmente, se dúvidas existissem, as últimas declarações do bonzo das finanças e da jericada que o acompanha são elucidativas.

Fugindo com o rabo à seringa, o Gaspar afirma que a "troika" diz isto e mais aquilo, como se ele se limitasse a ser o porta-voz da dita e os erros cometidos não fossem da sua autoria, nem o caminho encetado o tivesse a timoneiro!

Os números todos falhados, as habilidades chumbadas por Bruxelas, as previsões anunciadas que tombam rebentadas por valores que mais que duplicam a desgraça, não chegam para um "mea culpa" da parte de quem sempre quis ir para além da "troika", e, até entendia que o programa negociado pelo anterior executivo, sob a pressão da coligação PSD-CDS/PP, ficava aquém das necessidades do país, impondo-lhe por recreação (ou estupidez) mais austeridade.

Agora, a "troika" diz que embora Portugal continue no bom caminho - que raio de caminho será esse, pejado de desemprego, falências, cortes na assistência e no estado dito social, assalto generalizado por via dos impostos, regressão do consumo interno, afogamento das pequenas e médias empresas, embora com coutada aberta para os amigalhaços do costume - oferece-nos de mão beijada um dilatamento no prazo para atingir um défice que ninguém, nem o mais sábio saberá se é ou não atíngivel, pois o futuro não pertence aos ecónomos de serviço mas ao futuro.

Andam também por aí umas avezinhas que agora concluem que o plano foi mal traçado!

Mas mal traçado por quem?!

Será que foi o anterior governo que o traçou? Não foi a "troika" que o desenhou? Não foi o Coelho que, de parceria com o sr. Gaspar entendeu que o programa não era ambicioso q.b. e juntou-lhe mais austeridade em cima? Não terá sido toda uma cambada de merceeiros armados ao pingarelho que apoiaramn e até exigiam medidas mais fortes?

Mas que raio de desculpa esfarrapada vem a ser esta?

E a oposição cala-se? E o Zé Pagode, não diz nada? E o inquilino de Belém adormeceu?

Se este povo, que também é o meu, anda por aí a responder a inquéritos de sondagens da maneira que publicam, tenho que dar a mão à palmatória e afinal concordar com o Ulrich!

Ai aguentam, aguentam, porra. Cheguem-lhes para cima para ver se acordam!

Se não é aqui o reino do disparate, onde desde o monarca aos súbditos anda tudo a dormir, tirando um pequeno grupo de ranhosos que não se cansam de dizer que o rei vai nu, não sei onde será.

13 março, 2013

Que rica Europa!

A Europa, que se queria um núcleo de solidariedade e equilíbrio onde os mais fortes apoiassem os mais fracos, está a tornar-se numa quinta, onde os mais fracos são engolidos pelos mais fortes em nome de teorias que não levam a maioria dos seus cidadãos a lado nenhum.

A última, e a propósito da entrada da Croácia não lembra ao demo!

Não é que os insignes parlamentares acabam de propor que, por força da entrada de mais 12 deputados da Croácia no PE, os países mais pequenos, entre os quais nos encontramos nós,  percam um deputado cada um ou seja, os mais pequenos que paguem a fatura, pois a França, Reino Unido, Itália, Espanha, Polónia, Suécia, Dinamarca, Finlândia e Países Baixos ficarão na mesma!

Na mesma também ficarão também mais cinco países cuja representação é de seis deputados e ainda a Eslovénia que tem oito.

Paradigmnático é o caso da Alemanha que perderá três deputados, passa de 99 para 96 por força dos acordos de Lisboa que limitam a 96 o número máximo de deputados por estado nação.

Muito elucidativa é a posição dos Países Baixos, cá por casa crismados de Holanda, que manterão o número de 26 deputados!

Seria interessante por exemplo saber porque carga de água é que não se mexe nos países nórdicos, nem na Holanda, não se corta nos países de maior expressão, pois não lhes fará grande diferença, e se atacam os mais pequenos inviabilizando alianças que poderiam colocar em causa a orientação dos países do norte.

Mas, mesmo assistindo a este erodir dos pequenois países, há ainda quem se foque preferencialmente no combate à esquerda, como o "camarada" Jerónimo faz diligentemente , em vez de arrepiar caminho e praticar o que andam a propagandear, se bem que o Rangel deputado anda feliz da vida com esta proposta...

É preciso ter lata, muita lata!

12 março, 2013

Andando por aí

No momento em que o catolicismo se encontra sem orientador, e numa das muitas encruzilhadas do seu já longo caminho, há por aí uma data de gentinha que julga que gozar com os métodos de eleição do chefe religioso de uma confissão, é pretexto para um desenfreado gozo.

A democracia destes pretendentes a "Dorine" esvai-se rapidamente num excessivamente vulgar discurso maledicente, onde a velhacaria está normalmente presente.

São dos primeiros a gritar contra os fundamentalismos, mas, quando a ocasião se lhes oferece, são também eles que dão início à caça ao católico, como se a maioria deles não fossem ovelhas do mesmo rebanho, batizados por extremosos pais e muita das vezes  com ritos continuados nas comunhões, casamentos e demais folclore, onde o encher da pança é o objetivo principal.

Tal tipo de intervenções, suscita-me sempre um peculiar enjoo, pois, é através delas que se pode muitas das vezes inferir o que seria da justiça se eles fossem juízes, do ensino se fossem professores ou da democracia se eles viessem a ser líderes potestativos.

Ainda bem que, geralmente, estas eleições não são muito comuns e também são geralmente rápidas, pois assim poucas vezes temos de os ouvir.


11 março, 2013

Os avisos começam a ser muitos

Os avisos andam por aí.
De início, como saíam de bocas nacionais, foram escarnecidos, alvo de chacota, ninguém sequer os queria comentar numa base de troca de ideias, agora, que pela voz de Junker sobem à notícia televisiva, já a gozação parece ter desaparecido mas um muro de envergonhado silêncio continua a cair sobre o tema.
Não sabemos ainda se vai apenas ser uma reedição das anteriores, ou se será uma entre os egoísmos do Norte contra as liberdades a Sul.
Sabemos apenas que os atuais líderes (!) europeus não se entendem!
A Alemanha julga-se, mais uma vez, a dona da Europa (Deutschland über alles!);
A Itália, desespera, e, mais uma vez se torna ingovernável;
A Inglaterra, desconfia, e está com um pé dentro e outro fora, pois continuamos a ser apenas os continentais;
A Espanha, definha, com um desemprego avassalador, e uma crescente contestação nas ruas, que, por aquelas bandas, tende levar a extremos nada recomendáveis;
A Grécia, afunda-se, implacavelmente, sob ops olhares de uma Europa que faz da desunião o seu 'leitmotif';
A Norte, uma quantidade de países que vivem num permanente estado social, pretendem negá-lo aos demais pois desde sempre lhes faltou esse gene;
Entretanto na UE, os políticos (!), brincam aos modelos de Excel, acolitados por técnicos cinzentões que estão plenos de certezas sobre os seus mirabolantes planos económicos que nunca foram levados à prática em lugar algum.
Brinca-se com os países e a vida dos seus cidadãos como se a história não existisse, a fome não fosse uma realidade duramente sentida, a falta de esperança um desastre para o futuro, a desonfiança um liugar comum, e a miséria o destino maioritário.Por cá as manifestações, vão -se tornando silenciosas, ensimesmadas, fechdas num horizonte negro que não determinam nada de bom.
Para já, a guerra é apenas económica.
Os mercados e os estados lutam entre si numa batalha que parece destinada a um único fim: o empobrecimento de muitos a favor de uns tantos.
O salto em frente, é já ali, ao virar da esquina.
Quando as convulsões começarem a aparecer, o terreno está propício.
O seu alastramento será rápido, pois o descontentamento será enorme e a falta de esperança dar-lha-á mais força.
Creio que ainda estamos a tempo de evitar o pior, mas será que quem anda por lá sabe disso?

01 março, 2013

Qual é o ganho?!

A Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas, segundo o DN, diz-nos que pelas novas regras até os reformados que tenham auferido proveitos iguais ou superiores a 4.104,00 € num ano terão de entregar declaração de IRS!

O que levará o Gaspar, mais a comandita que lhe é subordinada a ter tanta raiva de gente que tem um rendimento mensal que não chega a 300 €?!

Terão estes pobres, idosos na sua grande maioria, de ir para as filas das repartições de finanças, com que custos e com que despesas, só para que a máquina fiscal se divirta a engolir mais uns milhares de declarações, para ver se saca mais algum a quem está pior do que uma laranja que serviu para a monumental laranjada que nos andam a servir?

Será esta uma maneira de aumentar a produtividade da máquina fiscal?

Será que o Gaspar quer aumentar a receita através da venda dos respetivos impressos?

Qual é o ganho?!