31 janeiro, 2012

A invasão

Pelos vistos, agora sem panzers nem suásticas, a Alemanha pretende invadir, de novo, a Grécia!
Como habitualmente a França assobia para o lado, a Inglaterra diz estar atenta, e os restantes países dividem-se entre os que dizem que 'não há nexexidade de tanto' e os que não dizem nada (quem cala consente).
Esta peregrina ideia que tem feito o seu caminho de que o credsor deverá mandar em casa do devedor, não passa pela cabeça de um tinhoso, mas que há quem a defenda, lá isso há, a começar pelos analistas do costume que nas televisões se divertem à grande a gozar com o zé povo com conversas da treta, recebendo principescos honorários.

30 janeiro, 2012

Nada como um pequeno intervalo

Sim! 
Às vezes um pequeno intervalo faz com que nos distanciemos um pouco das coisas e que as vejamos segundo um prisma totalmente diferente.
O país em que vivemos, segue alegremente um desnorte orientado pela incapacidade de alguns e a passividade de muitos.
Aceitamos que alguém teve a culpa de termos chegado ao que chegamos mas automaticamente isentamo-nos dela.
Os maus professores asseguram-nos de que se formos bons alunos iremos passar de ano, o pior é que quando chegarmos ao exame nada saberemos e lá iremos chumbar outra vez, atirando, de novo,  as culpas para quem nos apresentou exames tão difíceis em vez de culparmos os professores.

25 janeiro, 2012

E aqui fala-se do Porto!

Sacado a'A Baixa do Porto, este interessante artigo do JA Rio Fernandes.


Lembro-me bem como Rui Rio ganhou as eleições: Fernando Gomes regressava e pensava que isso bastava para todos correrem a votar nele, enquanto Nuno Cardoso tinha apostado (quase) tudo no Porto Capital Europeia da Cultura e havia perdido, entre guerras com a administração central e sobretudo com quem fez nomear para a Sociedade Porto 2001, por entre obras excessivas, atrasadas e caras, o que era acompanhado por quezílias que não facilitaram nada o “regresso” do melhor presidente que o Porto conheceu depois do 25 de Abril.
Mas, se no essencial foi Fernando Gomes que perdeu, também é verdade que Rui Rio ganhou. E fê-lo, entre outras posições, com o apoio firme à defesa do Parque Ocidental (dito “parque da cidade”), contra tudo e todos e em especial contra a “especulação” (seja lá isso o que for), num compromisso pelo rigor e transparência que trouxe o apoio de jovens bem intencionados reunidos em torno de uma “agenda verde”. Não falarei do rigor e transparência no caso do Rivoli e dos seus amigos, do Palácio do Freixo e do negócio do Grupo Pestana, das Torres do Aleixo e dos amigos de Duarte Lima, da antecipação de rendimentos de que aqui falou José Castro, nem do que custou à cidade a sua paixão por carros antigos, ou a da sua amiga Laura Rodrigues pelo prédio projetado pelo pai (Cinema Batalha) ou pelos relatórios e projetos do filho, entre tantas outras (tristes) coisas.
Porque o que importa é perceber hoje que a notícia sobre alterações ao PDM na sua ligação ao parque ocidental do Porto confirma o que alguns sabíamos: a CMP de Rui Rio contrariou o PDM que ela própria fez alterar e agora precisa de o mudar para fazer legal o ilegal. Isso é especialmente grave no Parque da Cidade, onde a CMP de Rui Rio aprovou, ilegalmente disse-nos a CCDRN, um oceanário, e deixou que alguns (Sport Club do Porto), aí plantassem construções (incluindo piscina), ou promoveu a asfaltação para uso dos aviões do Red Bull, entre outras iniciativas de impermeabilização muito pouco ambientalmente interessante e contrária ao que dispõe o PDM ou mais ainda ao discurso que lhe deu a vitória. Entretanto… por via da luta cega contra outras construções, deixa-nos Rui Rio, apesar de todo o rigor e transparência e da sua superioridade de economista, uma dívida superior à que herdou, menos espaço verde no Parque Ocidental e uma evidente falta de visão e de ambição da cidade, apenas compensada em parte pela projeção da cidade, para o qual muito contribuem o vinho do Porto e a atração das caves na Gaia do amigo Menezes, o Futebol Clube do Porto do amigo Pinto da Costa, ou o aeroporto que o amigo Jorge Coelho decidiu aprovar, por pressão do amigo Fernando Gomes.
Aqui se podem ver como são rasgadas algumas bandeiras que Rui Rio gosta de erguer bem alto mas a que lhe falta mastro suficiente.

Fala-se de proteção aos autores!!!!!

Este post do Aventar esclarece bastante o assunto, quanto a mim, esta proposta de lei é apenas mais uma maneira de sacar dinheiro ao zé pagante em nome de um hipotético pagamento a autores que nunca receberão nada das taxas que são para aplicar, pois as verbas perder-se-ão nos escaninhos da burocracia habitual e reverterão, na maior parte dos casos, para mangas de alpaca que continuam a alimentar-se dos autores que, coitados, não fazem a menor ideia de quanto é que os seus direitos valem.
Será que a SPA me vai pagar direitos sobre uma fotografia que eu tenha tirado com uma máquina digital e que tenha sido publicada na Net, e copiada milhentas vezes?
Será que a SPA vai pagar direitos aos Beatles da música que eu comprei através de um 'download' na Net e que armazenei no meu disco rigído e que copiei para um CD para a poder ouvir em outro leitor cá de casa?
Será que a SPA vai pagar direitos de autor à família do Assis Pacheco por eu ter comprado um audio-livro seu e de que já paguei direitos de autor, só porque o tenho de transferir para um novo computador?
Ora bolas!
Porque é que não se metem apenas em assuntos do qual saibam alguma coisa? Este estranho unanimismo cheira-me mal.

24 janeiro, 2012

Eficiência?!

Não sei quem é que está à frente dos supermercados Lidl, mas certamente não será gente de vistas largas e horizontes desanuviados.
Esta notícia, Acusado de furto de 77 cêntimos de feijão verde que aqui se lê, é denunciadora de um falta de sentido de gestão digna de dó.
A propósito de vários furtos ridículos, uma cadeia de supermercados de origem alemã, bem como uma conhecida multinacional sueca, preferem perder tempo e dinheiro com processos de valor ridiculo solicitando indemnizações dispartatadas e fazendo subir a tribunal processos que simples medidas administrativas impediriam.
Se a justiça fosse cega e salomónica certamente saberia o que fazer, infelizmente as leis que tão exemplarmente servem para acusar e castigar não têm, a maior parte das vezes, atenção ao disparate que pode vir desembestado sabe-se bem lá de onde.
Não conheço as circuntâncias em que foram cometidos os crimes, mas não tenho dúvida alguma em que quem decidiu levá-los até às últimas consequências já terá cometido alguns de que se safou por não ser apanhado, pois a perfeição não existe, e assim pudesse o tribunal e estas empresas deveriam ser castigadas coerentemente pelos gastos obrigados a fazer pelo estado pela sua teimosia e ineficiência em tomar decisões atempadas.

Bancários são os que menos sofrem com a crise!

Vejo um pouco por todo o lado jornais com este título e curioso interrogo-me porque estarão os bancários na ordem do dia, pois não vejo como sofrerão menos a não ser que ganhem mais do que muitos dos restantes na sua área de trabalho ou então o mundo passou a ser quadrado.
Por mais que procure, apenas parece que há uma razão para tratar os bancários como priveligiados, é que vão continuar a poder usufruir de 25 dias de férias porque já muito antes do chamado código Bagão Félix ter entrado em vigor e dado essa oportunidade aos restantes, já há muito que os bancários tinham esse direito através do seu ACTV.
Ora, parece que a montanha acaba de parir um rato, pois não se compreende que estes sejam apontados a dedo como beneficiados, quando toda a gente sabe, e se não o sabe é porque não quer saber, que esta classe tem sido uma das mais esmagadas após o 25 de Abril de 74 em que foram apelidados de "vanguarda motorizada dos trabalhadores".
Quando os bancários passaram a ter um horário de encerramento às 16:30, raros eram os que saíam àquela hora prolongando o seu trabalho até cerca das 18:00 sem mais um tostão de pagamento e transformando o seu horário de 35 horas/semanais em 42,5! Hoje estão muito pior.
E estava-se ainda longe dos governos de Guterres ou Barroso.
Lembro-me da corridas às Isenções de Horário, por parte da Banca, em relação a porteiros, motoristas, telefonistas, funcionários indiferenciados vários, não porque os quisessem premiar, mas porque lhes saía mais barato pagar as isenções do que pagar-lhes o trabalho suplementar.
Talvez se esqueçam que um bancário, hoje em dia, para ser admitido tem de ter um curso superior e ganha de entrada a enorme quantia de 736,78€ ilíquidos a que soma um sub. de alimentação de 9,03€.
Dir-me-ão que já anda longe do salário minímo, mas quem o ganha, geralmente não é obrigado a andar de indumentária idêntica paga do seu bolso e a ter uma mobilidade que poucos contratos abrigam hoje em dia.
Primeiro foram os ataques aos funcionários públicos e pensionistas, a seguir mandaram emigrara os professores, depois atiraram-se aos maquinistas, agora estão os bancários na berlinda...
Quem serão os próximos?

23 janeiro, 2012

Os bem intencionados

Tenho acompanhado com alguma atenção o que o Tiago Azevedo Fernandes vem passando na sua militância no PSD/Porto, conforme se pode ler aqui, aqui ou aqui.
Sabendo por experiência própria de que de boas intenções está o inferno cheio, admiro a pertinácia com que o Tiago Azevedo Fernandes (TAF) tem lutado contra o imobilismo (ou deverei antes chamar-lhe oportunismo) com que os partidos, na sua generalidade se debatem hoje em dia.
Este seu último comentário, não serve apenas ao PSD/Porto, mas a mais partidos que estão representados na cidade e cujos militantes/simpatizantes se alhearam da vida política, pois os grupos e grupinhos organizados de cima para baixo, corroem violenta e tenazmente toda a tentativa de novas vias ou alternativas que não venham apadrinhadas lá do alto.
O TAF dá-se conta dos três vícios que transversalmente se espalham na sociedade portuguesa.
Infelizmente tem razão, mas o imobilismo em que muitos se deixam ficar pode apenas ser resultado de muitas más experiências que atravessaram ou de que ouviram falar/contar.
Não sendo do PSD, nem de qualquer outro, pois deixei a vida partidária há muito, vi que quem progredia não eram os que tinham as melhores ideias ou ideais, mas os mais videirinhos, os que jogavam sempre do lado do vencedor ou então que eram tão próximos do vencido que arranjavam sempre uma colocação (tacho) que lhes permitia ir um pouco mais além.
A vida interna dos partidos portugueses é feita de alianças e contra-alianças que vertiginosamente se entrecruzam numa nefanda rede de compadrios e interesses a que os vulgares cidadãos apenas dão cobertura com os seus votos que, na maioria dos casos, não assentam em opções próprias mas apenas em projetos de poder.
A ingenuidade do TAF toca-me, pois parece-me ser sincera, e recorda-me um D.Quixote apaixonado que luta por uma democracia que não existe a não ser no prefácio, mas que é apenas uma cobertaura para a oligarquia bafienta que tudo apodrece.
Hoje em dia não faltam gurus para explicar as frases infelizes dos oligarcas, propagandistas que fazem um Goebbels ou um Lenine parecerem meninos de coro, Pol Pots de direita e Hitlers de esquerda que se misturam num cadinho infernal onde os votos apenas servem de acendalhas.
Gostava que novos TAF's aparecessem, mas dado que a sociedade atual tende a olhar primeiro para o seu umbigo e quando é possível esquece-se do umbigo do parceiro, numa sociedade em que o mérito é relativizado e submetido a disciplinas subalternas, onde o egoísmo prevalece como virtude suprema e exemplo a seguir, o que é que nos esperará?

22 janeiro, 2012

Provedor?!

provedor
nome masculino
1. aquele que provê
2. fornecedor; abastecedor
3. diretor administrativo de certas instituições de caridade
4. primeiro responsável pela administração da chamada Santa Casa da Misericórdia de uma cidade ou vila;
provedor da Justiça pessoa que preside ao órgão do Estado (provedoria) ao qual os cidadãos se podem dirigir para defender os seus direitos, liberdades, garantias e interesses legítimos
(De prover+-dor)
Recorri à Infopédia pois ao ler que sua excelência, o presidente da república, se intitulava o provedor do povo pensei estar errado quanto ao significado da palavra!
Se Cavaco Silva se intitula provedor do povo, porque é que não tem exercido as suas funções?
Será que nos últimos tempos tem defendido os seus direitos, liberdades, garantias e interesses legítimos, como o faz o provedor da Justiça?
Será que tem pautado a sua atuação por uma análise isenta e insuspeita de zelar e garantir pela aplicação da Constituição que jurou defender?
Será que as suas lamentações àcerca da sua situação pecuniária não são um insulto grave ao povo que cada dia que passa se vê com menos direitos e garantias afastando-se cada vez mais do topo da pirâmide social em que o mesmo se encontra.
Será que o povo que diz prover conta na sua maioria com duas reformas ou remunerações que ultrapassam a meia dezena de milhar de euros mensais?
Será que tem abastecido esse povo de sábias palavras e conselhos que lhe indiquem a saída da crise que ajudou a criar?
Um presidente que durante uma grave crise mundial, situado numa europa que não tem sabido responder com eficácia à doença que a aflige, exorta parte desse povo a esforçar-se ainda mais, e nem sequer se lembra de verificar se as leis que promulga estão de acordo com a constituição será que pode armar-se a si próprio da imaculada veste que um provedor deve usar?
Será que Anibal Cavaco Silva tem uma imagem de si tão prazenteira que lhe ofusca a dura realidade?


20 janeiro, 2012

Passado!

MARMITAS 


Julguei que isto era apenas uma fotografia de objetos de uso diário no passado, mas, infelizmente voltaram à atualidade pela mão do novo governo.
Quando era criança, lembra-me que já só os grupos profissionais mais mal pagos - a malta da construção civil, algum operariado fabril, motoristas do STCP, vendedores ambulantes - é que se socorriam deste método para levarem a alimentação de casa que sempre ficava mais barata do que ir comer uma bucha ao tasquinho mais próximo.
Finalmente passados mais de cinquenta anos, as marmitas adotaram nome mais fino - parece que se chamam agora lancheiras - muito embora sirvam também para pequeno-almoço, almoço, jantar ou ceia, e voltam a estar na moda.
Fazem-se férias na estranja, com tudo incluído, mas vai-se de pópó e lancheira para o trabalho, é este um dos paradigmas civilizacionais mais estapafúrdio que eu conheço,
A austeridade e as medidas draconianas impostas por quem não utiliza tal utensílio vão levando milhares de portugueses ao retrocesso, as férias já são apenas uma miragem, o pópó ou fica em casa ou foi penhorado e a refeição do sempre em pé já foi trocada pela marmita.
Há quem diga que estamos a evoluir!
Juram?

Iliteracia?

Cavaco: Portugal "estará melhor com acordão do que sem ele"

Título com que o Correio da Manhã nos brindou na sua edição eletrónica.
Saberão os jornalistas o que é um acordão? E que é que lá estarão a fazer os revisores?

19 janeiro, 2012

Música da minha pré-adolescência (III)




Regularizações

De visita ao Câmara Corporativa deparei com esta pérola.

Quando os estarolas estão a regularizar as transferências do partido para o Estado

 

Democracia

Num país em que apenas 56 % de um povo acredita que esta é a melhor dorma de governo, que é que se há-de fazer para o convencer do contrário?
A única coisa que me aflige, é que esse é o povo a que pertenço, e saber notícias destas ao fim de trinta e tal anos de regime democrático, assusta-me muito, sinal de que muito pouco foi feito no campo da educação cívica para explicar às pessoas o que é que são outros regimes.
Talvez os mais velhos tenham a culpa.
Ainda ouvimos muito estúpido a louvaminhar Salazar ou Caetano, a ter saudades da disciplina do bofetão, a lamentar a existência da política (sem todavia a entender) ou a gritar pela segurança do antigamente em que quem não fosse por mim era do contra.
O desporto-rei, a partidarite aguda e a segregação que muitos praticam a isso leva, mas não haver ningu´+em que lhes explique é bem pior.

18 janeiro, 2012

Não sei se a UGT fez bem

Em nome do país, a UGT, submeteu os seus representados a um duro protocolo que estabeleceu com um patronato que já não pertence àquele que entendia que o lucro vem depois da sociedade mas, antes pelo contrário, está cada vez mais representado por patrões para quem o lucro é a felicidade última.
Para eles o acumular de fortunas imprestáveis e que só lhes permitem aparecer em listas dos mais ricos é o sonho final destes tristes empresários de pacotilha.
Dirá a UGT que ao assinar esta concertação está apenas a tentar que o país não se esboroe por entre os dedos e caia numa espiral onde a violência descabelada assentará arraiais, entretanto direi eu que não acredito que os patrões se consolem apenas com este acordo mas que procurarão ir mais longe agora que a justiça anda ocupada nas tricas políticas e a sociedade se alimenta do seu próprio egoísmo.
Tem sido fácil ver empregados contra empregados em manifestações sem pés nem cabeça em que o que se pretende é que todos ganhem pior do que ganham em vez de se reclamar contra uma austeridade que se vira apenas contra os mais desprotegidos deixando de fora o capital.
Por tudo isso, tenho dúvidas que os trabalhadores portugueses tenham de agradecer à UGT mais este mau acordo, pois de mal a pior iremos todos se ninguém se atrever um dia a fincar os pés no chão e a dizer NÃO!

17 janeiro, 2012

Curiosidades

No DR - 2ª Série - Nº 217 de 11 de Novembro 2011 pode ler-se:

Gabinete do Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais
Despacho n.º 15296/2011
Nos termos e ao abrigo do artigo 11.º do Decreto -Lei n.º 262/88, de 23 de Julho, nomeio o mestre João Pedro Martins Santos, do Centro de Estudos Fiscais, para exercer funções de assessoria no meu Gabinete, em regime de comissão de serviço, através do acordo de cedência de interesse público, auferindo como remuneração mensal, pelo serviço de origem, a que lhe é devida em razão da categoria que detém, acrescida de dois mil euros por mês, diferença essa a suportar pelo orçamento do meu Gabinete, com direito à percepção dos subsídios de férias e de Natal.
O presente despacho produz efeitos a partir de 1 de Setembro de 2011.
9 de Setembro de 2011. — O Secretário de Estado dos Assuntos
Fiscais, Paulo de Faria Lince Núncio.

No novo site do governo, na área das nomeações, lê-se:
Gabinete do Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais

Função: Adjunto



Nome : João Pedro Santos
Vencimento + despesas de representação : 2.595,21 € + 474,12

Das duas uma...ou o mestre João Santos auferia antes 595,21€ de ordenado, o que me parece ridículo mas pode até ser verdade,ou algo estará mal, pois deveria ser apresentado de outro modo.(vcto base+remunerções especiais/acessórias)
Será que há mais situações parecidas?

Concertação social!?

Mas que concertação será esta em que justificando um período de crise se retiram direitos e se dão mais benesses aos empregadores?
Corta-se nos subsídios de desemprego aos trabalhadores e extende-se a regalia aos patrões?!
Afinal andam a falar em produtividade e na necessidade do seu aumento e penalizam-se, mais uma vez, os trabalhadores que não faltam igualando-os aos absentistas?
Cortam-se nos feriados e diminui-se o pagamento do trabalho suplementar mas simultaneamente permite-se que a entidade patronal decida as férias dos seus colaboradores como entender ao obrigar os mesmos a fazer pontes que não pediram ou a gozar dias de férias que não lhes interessam?
E que dizer dos famosos bancos de horas que permitem que os patrões decidam como é que utilizam 250 hortas/ano de trabalho em horário que lhes interesse pagando-as como se fossem horas normais de trabalho (prestado em horário normal em dia útil)?!
Mais uma vez, os trabalhadores pagam a crise e agora até os patrões passam a ter subsídio de desemprego, que bem vai o mundo do trabalho em Portugal!

16 janeiro, 2012

Quem pagará a fatura?

O governo que ía tirar-nos do aperto com as suas medidas que andava a estudar há já uns meses e que tinha guardado algures num bolso da fatiota catita com que se apresentou a eleições passa os dias a apanhar murros no estômago.
Ele são os pastéis de nata, as coincidências dos acionistas privados da EDP gostarem e apostarem nas mesmas pessoas que eles gostam, os motoristas que são admitidos com salários elevados muito emboa a sua tenra idade e juventude encartada não justifique tal, são os subsídios de férias pagos por todos nós aos funcionários do BdP que afirmam não ser funcionários públicos, as nomeações de devedores das Águas de Portugal para a administração da mesma, o paizinho que pega em dinheiros públicos para financiar a exposição da filha numa nóvel atitude de mecenato em país longínquo, as poupanças nos gastos com os professores portugueses no estrangeiro sabendo que a diáspora nacional vai ficar mais pobre, etc.
Mau grado as promessas feitas pelo Moedas até a S&P resolveu dar o seu murrito, baixando o rating da república, coisa que há uns tempos era festejada e justificada com a má governação e agora não é entendida nem compreendida nos corredores do poder!
Neste escorregar em que devagar, devagarinho nos aproximamos do fundo do poço, há ainda quem diga que vamos no caminho certo para chegar ao topo!
Por este andar, nem a concertação social nos safa.
Talvez aí, quando a água nos chegar aos joelhos alguém se lembre porque é que se decidiu o que se decidiu e em função de quê e se peçam responsabilidades.

14 janeiro, 2012

Cá pelo burgo

Enquanto se fazem balanços aos dez anos de governação (!) de Rui Rio, à gente que vai saindo da Câmara de mansinho para outros locais mais arejados, e no PSD parece ter estalado uma guerra entre fações, enquanto o CDS se mete nas trincheiras agachado e vai defendendo o castelo que tão laboriosamente o ajudaram a construir.
Esta cidade sem rumo e sem projetos, em apenas dez anos, perdeu parte da sua população mais jovem, viu desaparecer a sua indústria, assiste à morte por inanição do seu comércio, deixou a Ribeira ao deus dará, resolveu começar a chamar "baixa" a locais como a zona do Jardim do Infante só para que se possa falar em reabilitação da dita, esquece-se da estagnação do mercado do Bolhão que vai caindo aos bocados, da operação imobiliário que arrasará o mercado do Bom Sucesso elimando mais um dos pólos de comércio de frescos da cidade, deixou que a verdadeira baixa se transformasse num degradante conjunto de taipais e lojas fechadas ou em vias de fechar, esqueceu-se da limpeza da cidade, abandonou os jardins, encerrou os poucos sanitários públicos existentes, esqueceu-se da manutenção de fontes e chafarizes, preferiu a destruição à reconstrução/reconversão, destruiu ex-libris da cidade, encolheu os ombros à insegurança, tratou a cultura do mesmo modo que os jogadores de futebol tratam a bola, não resolveu o problema das àguas do Porto (talvez por isso as tente privatizar agora), fez pistas de aviação no parque da cidade para um espetáculo que afional pouco durou, destruiu a parte final da avenida da Boavista em nome de um evento bianual de que ainda se desconhecem os custos envolvidos, não reivindicou o suficiente, desprezou o eixo-atlântico e o resto que fez bem, ou foi iniciado pelo seu antecessor e ele limitou-se a acabar (mal), ou tentou substituí-lo mas para tal faltou-lhe o engenho e a arte.
Fala-se muito da sua proverbial honestidade e frontalidade, mas não sei onde encontrar as contas da câmara para poder aquilatar da sua razoabilidade, fala-se da sua excelência na gestão de pessoal mas desconhece-se onde estão os números a comprová-lo, e tirando o folclore da propaganda paga pelo nosso bolso (lembram-se de no início ele ser contra a revista informativa da Câmara que hoje nos faz chegar às mãos, noutro formato mas de pura propaganda), conseguiu destruir os jornais cá do burgo e até o JN, coitado, se submeteu às regras.
No meio disto entreteve-se a guerrear o colega de Gaia, bandarilhar o de Matosinhos, passar a mão no lombo ao da Maia e de Valongo e a utilizar o Metro do Porto para lhe pagar os arranjos citadinos.
Aos pobres distribuiu/os pela cidade e arredores, aos ricos oferece/lhes moradias de luxo.
Talvez o Porto com que ele sonhe seja diverso do Porto que j]a foi mas que demorar]a muitos anos a regressar a 2002, isto se alguma vez regressar.
P.S.> Alguém sabe o que é feito de uma tal Laura, que ía revitalizar a baixa e que tinha todo o seu apoio.

13 janeiro, 2012

Falando com os meus botões

Hoje em dia muito de fala de educação, mas à medida que o tempo avança e que a caixinha que mudou o mundo nos mete em casa programas de qualidade duvidosa em que uma data de simplórios não se importa de ser insultada só com a perspetiva de conseguir trazer uma centenas de euros aflige-me.
Por mais que se aligeirem as perguntas nos concursos ditos de cultura geral, que a maior parte das vezes são apenas inquirições sobre banalidades sociais momentâneas ou questões que qualquer mau aluno de há uns anos atrás respondia com uma perna às costa, passando pelas figuras tristes que são obrigados a fazer em tentativas de jogos sem pés nem cabeça, acompanhados dos respetivos gritinhos e "yesses" da praxe, a sociedade vai baixando de nível mas consolando as audiências, tão ou mais broncas que os concorrentes e apresentadores.
A educação que vem sendo deficientemente ministrada quer pelas famílias, quer pelas escolas, quer pelos exemplos que a sociedade nos dá, vai-se instalando, permitindo o aparecimento de uma espécie nova que se move nos corredorres do poder sem nunca ter trabalhado a sério, nunca ter liderado seja o que for, e que parece lá ter chegado por direito dinástico.
A democracia que nos prometeram foi transformada numa partidocracia onde apenas alguns têm assento e onde se trocam favores e influências com um único fim, o benefício do próprio.
Há excecões? Claro que as há, pois só essas servem para confirmar as regras.
Tirando a área científica que ainda vai estando imune a tal estado de coisas, alguns núcleos duros na área das medicinas, das engenharias, da inovação, de alguma indústria, num ou noutro projeto agrícola e algum (muito pouco) comércio ficámos com uma mão cheia de nada e outra com alguma coisa.
Se perguntarmos de quem é a culpa, rapidamente as mãos se viram para os políticos, mas será que é apenas deles a culpa, ou ela afinal é de todos nós que, afinal, permitimos que o centralismo se instalasse de modo tão absoluto na mão de mais dúzia de pessoas e enterramos a cabeça na areia à espera que o mau tempo passasse?

12 janeiro, 2012

Citações (LVI)

Os economistas tinham sobretudo a obrigação de não nos andarem a calcular inflacções e a taxa de juro e essas coisas, mas dizerem de que maneira é que nós podemos fazer avançar a gratuitidade da vida.

Agostinho da Silva

TDT

Começou hoje a Televisão Digital Terrestre, a tal panaceia que segundo uns iria limpar os telhados portugueses das inestéticas antenas, para outros era um mundo de oportunidades em que todos ficavam a ganhar, e que no final se revela com mais uma empreitada à portuguesa feita, aliás como é costume, em cima do joelho e para servir interesses privados.
Pelo que vou ouvindo por aqui e por ali, para além da parvoeira sorridente do Relvas todo contente por lá ter conseguido sacar mais algum aos parolos que já pagavam taxa do audiovisual e agora também terão de pagar mais uns cobres para ver aquilo a que já tinham direito e que vai subindo conforme o número de aparelhos que têm em casa e que se adaptem à modernidade ou então vão ficar com uma data de lixo que poderão transformar em aquários, caixas de bordados, canteiro, caixa de arrumos, etc. e tal.
As antenas, umas vão servir desde que alguém suba ao telhado e lhes mude a orientação, mas a maioria terá o lixo como destino final ou poderrão ainda servir de poleiro às aves da zona.
Pelo meio, há uma data de comerciantes manhosos que venderam descodificadores imprestáveis, material que não era indispensável ou que cobrou exagerados preços por serviços desnecessários; empresas que aproveitam para enfiar pela goela abaixo do consumidor mais uns pacotes de produtos que eles jamais irão utilizar, e a Anacom que deveria estar lá para "proteger os interesses dos consumidores, especialmente os utentes do serviço universal, em coordenação com as entidades competentes, promovendo designadamente o esclarecimento dos consumidores" faz-se desentendida e para além de não os esclarecer ainda faz gala em se atirar como gato a bofe a quem pretende fazê-lo.
No meio de tudo isto saíram os utentes prejudicados, pois tiveram de desembolsar mais para obter apenas o que já tinham, deixaram que o estado utilizasse um bem que é de todos para fazer mais um negócio da treta, e, pelos vistos, vão ter o direito a ser os telespectadores que têm menos canais disponíveis, pois os restantes países que migraram ou que o irão fazer, irão disponibilizar mais por menos, bastará olhar para a vizinha Espanha para se notar isso, mas o Relvas continua a rir-se, não se sabe é porquê?

11 janeiro, 2012

Pelos piores motivos

Tomar hoje é notícia no Público graças à atuação de uma associação de pais em relação a três crianças que frequentam a escola naquela cidade.
Independentemente de saber se os pais têm ou não dinheiro para pagar o que devem, pois segundo o Templário são filhas de uma família carenciada, não consigo imaginar o que se passa na cabeça destes pais que estão à frente de uma associação que deveria servir para as proteger mas que, pelos vistos, prefere segregá-las.
Ainda segundo o mesmo jornal "Os dirigentes argumentam que tudo fizeram para cobrar esta dívida e evitar a situação limite de não servir as refeições às crianças. Acusam os pais de “falta de vontade em pagar”."(Sublinhado meu).
Embora a CONFAP, pela voz do seu presidente já tenha condenado veementemente esta atitude da "curiosa" associação de pais, devemo-nos interrogar sobre o que se passará nas mentes, quer dos professores que assistiram a esta brutalidade, quer nas de outros pais que, conhecendo a situação, preferiram manter-se alheados do problema deixando que as coisas evoluissem até este ponto.
Quer uns, quer outros, são responsáveis por este atentado a crianças de 6, 7 e 8 anos que, indefesas, foram vexadas por adultos que deveriam ter, no mínimo, noção da gravidade da sua atitude quer no presente , quer no futuro.
Espero que este caso não seja apenas mais um entre tantos que perpassa pela sociedade indiferente que hoje somos, e espero que o ministério respetivo, que deve ter alguém a ler os jornais, averigue eficazmente este problema.
Triste país este em que as crianças são vitímas dos adultos insensíveis que se calhar ainda se gabam de estar a prestar um serviço à comunidade.
Gostariam estes pais de ver os seus filhos tratados desta maneira?

Racionamento

A direita e a pseudo esquerda nacional descobriu um novo termo!
Racionamento!
Ouvi-o ontem a primeira vez, e logo por azar a D. Manuela, aquela que vendeu créditos do estado a um banco para arranjar receitas extraordinárias e que critica quem, não sendo ela, faz o mesmo, debitou lá também a sua frasesinha a respeito do famoso racionamento a propósito da saúde:
- Quem tem mais de setenta anos tem direito a fazer hemodiálise, se pagar.
Claro que a senhora, que não deve ter problemas financeiros e que já tem mais de setenta anos não deve necessitar de tal, mas pela conversa já sabemos o que ela pensa racionar aos portugueses.
A senhora que ainda não há um ano defendia, no Funchal, a acumulação de pensões com salários na função pública com a justificação que essas pessoas «trabalharam muito» pelos vistos entende que um reformado com 70 anos a receber a pensão mínima poderá fazer hemodiálise se a pagar!!!!
Ninguém na mesa se escandalizou e estavam lá sentados, António Vitorino, António Barreto, Francisco Pinto Balsemão e Sobrinho Simões.
Desta plêiade, salvou-se o Vitorino que se mostrou pelos vistos chocado com as declarações de alguém que superintende às ordens honoríficas portuguesas, os restantes olharam para o lado e seguiram em frente, talvez com medo de ainda apanhar a senhora nalgum lugar que lhes possa trazer desvantagens, entende porventura que o racionamento deve começar a ser feito na saúde de quem o não tem para a pagar, esquecendo estupidamente que, caso a doença grave e crónica lhes bata à porta e seja prolongada, se não for o SNS, poderão não haver anéis que cheguem para o remédio.
Esta é a direita que temos e os sociólogo dito de esquerda que deita faladura!
Nãos os ouvi falar em racionamento nos lucros das farmacêuticas, em racionamento das despesas sumptuárias dos gestores de alguns hospitais, na prevenção da doença nas periferias e no interior que retiraria muita gente dos hospitais com as respetivas poupanças associadas, no racionamento das acumulações de cargos e pensões douradas, no racionamento da cegueira que impossibilita os cortes nas gorduras do estado, no racionamento do luxo nos ministérios, no racionamento das despesas de Belém, enfim, nos diversos racionamentos que deviam começar nos próprios ali presentes que deveriam apenas ter uma pensão (os que trabalharam para tal), receberem dividendos de que paguem impostos correspondentes à proporcionalidade recebida, ou apenas um salário que apenas variaria conforme o número de horas de trabalho efetivamente prestadas.

10 janeiro, 2012

Cultura

Numa época de crise falar de cultura parecerá um disparate mas, na minha humilde opinião, entendo que é nestes momentos que a cultura de um povo vem ao de cima, criando soluções aplicando velhos métodos, recorrendo à sabedoria popular, preservando o património que nos foi legado, divulgando o que de bom sabemos produzir.
Mas ao que assisto?
Na AR querem-se aprovar leis para aprovar taxas a aplicar aos suportes que permitam a cópia privada de bens adquiridos e onde os direitos de autor já foram devidamente pagos!
Por outro lado, as polémicas sobre o atual secretário de estado e as suas confusões que vão sendo notícia um pouco por toda a parte, desde as admissões de motoristas e especialistas a reviravoltas de 180º sobre as declarações que proferia há uns tempos atrás, deixam um triste rasto onde com facilidade nos enlameamos.
Da cultura propriamente dita, ou não se fala, ou deliberadamente se escavaca a língua com acordos sem pés nem cabeça, se deixam de editar autores de reconhecida nomeada, os contos populares são esquecidos, os jogos tradicionais já só são recordados por gerações em vias de desaparecer, a música passou a ter no "pimba" a expressão de um povo e até o recente folclore fadístico em meia dúzia de dias parece ter caído no esquecimento.
Este rapaz, que até já ganhou uns dinheiritos com um programa em que misturava literatura com bons vinhos e onde se falava também de gastronomia já deve ter esquecido tudo o que tinha na cabeça para apenas ser mais um SEC sem história e sem deixar marca que se veja.
É pena, pois é nas crises, que a cultura, quando é sólida, consegue ser a alavanca que levanta um mundo.

Apagar a história

De uma penada, o atual governo apagou do seu site oficial o historial da governação desde o 25 de Abril!
Segundo notícia do Público escrita em 09.01.2012 - 20:20 por Maria Lopes, o gabinete de Miguel Relvas, que delineou o novo portal, quando questionado sobre o sucedido respondeu isto:
Questionado sobre o assunto, o gabinete de Miguel Relvas argumenta que "uma parte da informação dos ministérios migrou para o novo portal" mas para não é obrigatório que "a informação histórica esteja disponível " e que até aqui ela "também não existe hoje em lado nenhum".
Ou seja,  como a informação não existe hoje em lado nenhum, apagou-se e pronto!
Não sei se a ideia de ir fazendo desaparecer os períodos em que diversos responsáveis estiveram à frente de certas pastas, dificultando assim a busca de responsáveis por atos cometidos. Se é estratégia do próprio ministro ou apenas ideia peregrina de algum manga de alpaca armado em xico esperto, não o sei, mas o que não resta dúvida, é que este apagão não foi inocente, e a tentativa para a desculpa esfarrapada e pobre lá está a comprová-lo.
 "O portal histórico do antigo Governo não tem visitas expressivas e quando as tem as pessoas não percebem que se refere a executivos anteriores e reclamam com os serviços actuais", queixa-se o gabinete.

09 janeiro, 2012

Às claras!

As novas nomeações para a EDP são, no mínimo, um disparate e uma indicação terrível.
Este governo, às claras, não se coíbe de politizar claramente um orgão de supervisão de uma empresa privada com nomes oriundos da área PPD/PP.
Mas esta será apenas a primeira tranche das muitas que se lhe seguirão no pagamento dos apoios recebidos pela máquina que elegeu Pedro Passos Coelho, ele próprio um recebedor liquído de projeto mais vasto.
São ainda muitos os que esperam na sombra o pagamento das posições tomadas nos últimos anos.
Desde jornalistas ainda não colocados a contento, passando por ilustres comentadores e "cientistas" políticos, há de tudo um pouco.
Mas o que é que fará um orgão (Conselho Geral e de Supervisão) que foi criado para gerir os interesses que podiam ser (e eram) diversos entre o acionista estado e os restantes agora que são todos iguais?
O que farão todas estas pessoas bem remuneradas e ligadas por um contrato associativo que extravasa os muros da instituição?
Serão estes os rostos de uma nova Ordem iniciática que abriu a sua primeira loja em Portugal?

08 janeiro, 2012

Citações (LV)

Três pessoas podem manter um segredo, se duas delas estiverem mortas.

Benjamim Franklin

Nada de novo!

Os ricos continuam cada vez mais ricos, os pobres cada vez mais pobres, as prestações de sobrevivência tendem para a miséria salvo raras exceções que só confirmam a regra, o governo ainda procura o rumo que não encontra mesmo com as bússolas ao preço da uva mijona, os jornalistas ou escrevem o que lhes ditam ou então dedicam-se a escrever livros para vender no Natal, os tribunais julgam com calma, os juízes aguardam ansiosos as contas dos telemóveis e cartões do anterior governo para ver se ainda podem abichar mais regalias, as grandes empresas continuam a fugir do país, vende-se pela melhor oferta a prata da casa, a economia continua a ir pelo cano abaixo, os empregos também, o Coelho pede ajuda ao Moedas porque o Álvaro anda ocupado com a filha ao colo, este ano não há 13º nem 14º mês para a maioria do povo português, os juros sobem, a troika continua a existir e não desiste, a Grécia desapareceu dos jornais, a Irlanda já não é exemplo, na Alemanha há problemas por se obterem empréstimos abaixo do preço do mercado o que por cá não se estranha, continua a malhar-se no Sócrates, no Vara e no homem das sucatas, pois assim podem esquecer o Isaltino, o Dias Loureiro, o Oliveira e Costa, o Duarte Lima, o processo BPN, o escândalo dos submarinos, o carros de luxo do ministro da lambreta, o defunto caso Moderna onde alguns nomes agora de novo à baila em jogadas de poder estiveram envolvidos, as estranhas contradições do secretário de estado da cultura, as entrevistas dadas em fortes nacionais cheias de nada, etc.
Descansemos, pois...

07 janeiro, 2012

Música da minha pré-adolescência (I)


Sociedades secretas

Nos últimos dias tem sido para aí um berreiro aflitivo sobre sociedades secretas como se tal fosse uma surpresa ou qualquer coisa de estranho!
Para além de muitas delas subsistirem ao longo do tempo e terem adeptos bastará conhecermos os seus nomes para que o secretismo desapareça como o fumo em dia de ventania.
Vem isto a propósito da maçonaria que atualmente é alvo de títulos de jornais, tem honra de notícia de abertura nos telejornais, anda nas bocas do mundo como se do pecado original se tratasse.
Sobre o seu secretismo, batará ir a um dos muitos sites como este, para se vislumbrar um pouco do que é, ou melhor, pretende ser o ideal maçónico.
Sabendo que a maçonaria é uma sociedade discreta, mas atuante, não se estranhará que a mesma tenha entre os seus filiados gente de todos os quadrantes e profissões, do mesmo modo que os tem a Opus Dei, a Ordem dos Templários, as diversas religiões, sejam elas cristãs ou não, ou ainda de tantas outras que de vez em quando assomam nas entrelinhas na procura de uma nova ordem mundial.
O que é secreto, secreto permanace(rá) pois não pode ser revelado, e não o sendo jamais serão notícia pública ou objeto de conhecimento dos não-iniciados.
Deixemo-nos pois de falsos secretismos e falemos antes de associações que em vez de terem em vista o bem comum apenas tentam explorar o próximo usufruindo vantagens ilegítimas.
Ora o que é ilegítimo vai contra o direito, logo, deverá ficar sujeito a averiguação e castigo.
É apenas disto que se deve tratar, se não o for parece-me ser esta uma nova nuvem de fumo que visa entreter os mais distraídos da dura realidade do dia-a-dia, talvez para afastar criticas mais violentas, ou não será assim?