Num destes dias, mão amiga fez-me chegar às mãos um papelucho - sim ainda há quem escreva em papéis e não unicamente em teclados - que jocosamente definia os portugueses assim:
Ser português é:
Recusar e-mails sobre o que se passa no mundo porque acha que não tem nada a ver com o assunto;
Levar a vida mais relaxada da Europa mesmo sendo o último em todas os indicadores;
Levar arroz de frango para a praia;
Guardar aquelas cuecas velhas para polir o carro;
Ter tido a última grande vitória militar em 1814;
Guiar como um louco e ninguém se importar com isso;
Ter sempre marisco, álcool e tabaco a preços de saldo;
Receber visitas e ir logo mostrar a casa toda;
Avisar com os máximos os outros condutores de que há polícia mais adiante;
Ter o resto do Mundo a pensar que somos uma província espanhola;
Exigir que lhe chamem doutor, mesmo que seja apenas analfabeto;
Passar os Domingos no "shopping" a divertir-se com a família;
Tirar a cera dos ouvidos com a chave do carro ou com a tampa da esferográfica;
Açaçinare o Pertuguês ssempre que izcrebe;
Ir à aldeia aos fins-de-semana com a desculpa de visitar os pais ou os avós, mas apenas para mostrar que agora mora na cidade;
Gravar os Donos da Bola;
Ter diariamente, pelo menos oito telenovelas nas TV's;
Ter filhos baptizados e de catecismo nas mãos, mas nunca por os pés na Igreja;
Já ter "ido à bruxa";
Ir de carro para todo o lado, mesmo que isso signifique gastar mais tempo;
Viver mal e porcamente e encolher os ombros sempre que é questionado sobre as medidas do governo;
Dar Graças a Deus por não ser espanhol;
Morrer a dizer que 'vai andando' mesmo que esteja à espera há cinco anos pela cirurgia ao coração;
Lavar o carro na fonte mais próxima aos Domingos;
Apanhar com as piadas dos brasileiros, mas só contar anedotas de alentejanos;
Viver em casa dos pais pelo menos até aos 30;
Estar numa bicha duas horas com uma senha na mão para pagar uma conta a um estado, que não se sabe organizar nem para receber dinheiro;
Ter bigode e ser baixinho;
Conduzir sempre pela faixa da esquerda;
Ter pelo menos três telemóveis;
Jurar não comprar azeite espanhol nem morto, quando a maioria do azeite vendido em Portugal é espanhol;
Ir sair mas deixar a telenovela a gravar;
Organizar jogos de futebol entre solteiros e casados;
Ir à bola com um bilhete da 'geral' e saltar para a 'central';
Gastar uma fortuna com telemóveis, mas pensar duas vezes antes de ir ao dentista;
Petiscar Super-bock's, tremoços e caracóis;
Conseguir cometer três infracções ao código da estrada em 5 segundos;
Passar quatro horas preso no trânsito de fim-de-semana,, para ir à praia durante duas horas;
Ir para o Algarve em Agosto;
Ir passear de carro ao Domingo para a marginal;
Abafar de inveja quem tem ideias, com a habitual frase: - Lá vem aquele com mais ideias originais!
Dizer 'prontos' no final de cada frase.
Li, reli e vejo imensas similitudes com gente à minha volta.
2 comentários:
Belo retrato do povo português. Mas apesar disto tudo tenho muito orgulho em ser português!!!
Mais um que nunca saiu de Portugal.
E olhe que "férias" não contam para conhecer um país. É necessário viver lá, trabalhar lá e fazer a mesma rotina que eles fazem. No final verá que as coisas não são assim tão melhores
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