29 setembro, 2005

A pouca vergonha

O presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, mais uma vez, é atirado para as notícias desta feita por ter ameaçado os que não são da sua cor política de não serem apoiados pelo Governo a que preside, caso sejam eleitos democraticamente pelo povo da Madeira!

Esta ameaça à democracia, pelos vistos, não incomoda nem os políticos, nem aquele senhor que está em Belém e que foi eleito para ser o Presidente da República portuguesa, nem tampouco os opinadores de circunstância.

Entretidos com a Fátima, o Isaltino, o Valentim e o Avelino, já se esqueceram de todos os restantes que têm processos pendentes ou são objecto de análise pela justiça, isto tudo em nome não sei bem de quê.

Creio que as autoridades já se habituaram às patetices do personagem, e por isso, como Pilatos, lavam as mãos como se nada fosse com eles, nem carecesse de decisões.

Isto é muito mais engraçado, se nos lembramos que, ainda há pouco tempo, caíu o Carmo e a Trindade, quando uma ministra em incomodativa gaffe, ao pretender dizer que uma determinação de um Tribunal dos Açores não se aplicava ao continente, disse que não se aplicava na República Portuguesa.

Onde estarão os que nessa altura tão alto clamaram, chegando ao ponto de solicitarem a demissão da senhora, e que agora, calados que nem ratos, se escondem para não ficarem ao alcançe da ira do sátrapa madeirense?

E o presidente da República não diz nada?
E a AR não diz nada?
A CNE não diz nada?
A PGR não diz nada?
E nem sequer o presidente do PSD diz alguma coisa?

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