05 setembro, 2005

E se fosse por cá

Ainda abismado com o que se passou e continua a passar do lado de lá do oceano, pensei com os meus botões... e se fosse por cá?!

O exemplo que colhemos dos fogos florestais, são prenunciadores do pouco que é feito em termos programados e continuados, e só não haverá mais área ardida, porque o 'desenrascanço' nacional se sobrepõe às condições climatéricas e desorganização do comando, que nalguns casos é bem visível.

As guerras entre 'capelinhas' estalam, volta meia volta, sem que os galos que estão no poleiro, distribuam umas valentes bicadas nos contendores, metendo-os na linha, e mandando-os gastar as energias e conhecimentos na área que dirigem, em vez de andarem nas televisões e jornais a dizerem que a culpa foi do outro.

Já se interrogaram, algum dia, sobre os meios que as cidades portuguesas dispoem para combater catástrofes?

Já experimentaram interrogar-se sobre a solidez dos edifícios e obras de arte, e qual será o seu comportamento em caso de sismo mais atrevido?

Já repararam que em cidades de grande dimensão não existem hidrantes em quantidade aceitável para acorrer a grandes incêndios que surjam na sequência de outras catástrofes naturais?

E que dizer das muitas construcções autorizadas ou não, pelos poderes políticos em leitos de cheia ou orlas marítimas.

Mas de quem é a culpa?

Certamente, se algo acontecer, pobre do PM que estiver ao serviço, pois vão-lhe cair em cima todos os que são do contra, mesmo que já tenham estado sentados na cadeira que agora ocupa e nada tenham feito para resolver as situações.

Isto é mesmo um País-cão.

1 comentário:

Pedro Sá disse...

Se fosse cá, não tinha havido metade dos problemas.

O desenrascanço nacional tratava da coisa, ou duvida ?