Via Blasfémias dou com este texto que tem o título deste post, leio-o e pasmo!
As cinco medidas aí vão:
1. - Renegociação global das parcerias público-privadas para menos de metade;
2. - Imediata reestruturação da dívida pública;
3. - Reduzir pelo menos para metade todas os alugueres e rendas imobiliárias que o Estado paga;
4. - Supressão do modelo de formação financiada;
5. - Redução da TSU em 3% a favor da entidade patronal;
6. - Fixar um montante máximo para as pensões atuais. Para evitar injustiças, deveriam compensar-se aqueles que hajam descontado mais do que deveriam, indemnizando-os em títulos da dívida pública.
O homem pelos vistos é professor universitário e, pelos vistos, já nem contar sabe, pois fala em cinco medidas mas enumera seis, mas adiante que isto é de somenos importância.
Diz-nos ele, de seu nome Paulo Morais, que pouparíamos com o nº 1 mais de mil milhões por ano, com a nº 2 mais outro tanto (já vamos em 2 mil milhões de poupança), com a nº 3 diz que são centenas de milhões mas não quantifica, com a nº 4 poupavam-se 600 milhões, com a nº cinco faz(?) uns cálculos diz que o estado deveria poupar só com os seus empregados cerca de 400 milhões, mas que depois a quebra de receita seria para aí de 10% dos montantes a receber, mas que o diferencial deveria ser buscado no nº 6.
Finaliza dizendo que assim pouparia o Estado cerca de 3,5 mil milhões de euros anuais!
Ora vamos lá a ver, 1.000 milhões do nº 1 + 1.000 milhões do nº 2 + 600 milhões da nº 4 dará 2.600 milhões. Se lhe juntarmos os 400 milhões dos empregados do estado ficaremos com 3.000 milhões onde faltará deduzir a quebra da receita!
Logo, ou na poupança do nº 3 é a maior poupança a realizar, para se chegar aos seus 3,5 mil milhões ou a terra é quadrada.
Agora algumas perguntas:
A. - Como se renegociam as parcerias púclico privadas para mais de metade e onde é que ele foi buscar os valores? Será que os parceiros vão abrir a mão de chorudos lucros só para a satisfação do Paulo Morais?
B. - Como é que se reestrutura a dívida? Por imposição nossa? Não, diz o Paulo, chegamos aos credores pagamos as que têm juros mais altos e arranjamos outras a juros mais baixos!!! E os credores vão nisso? E de onde virá o dinheiro? Será o do FMI/FEEF/BCE?
C. - E os senhorios alinham? E se não alinharem? O estado que arranje alternativa, diz o Paulo, mas respeitando todos os compromissos legalmente assumidos! E a poupança? Em que ficamos?
D. - Acaba-se a formação financiada e os patrões que passem a paga-la! Mas alguém acredita nisto? Os patrões a gastar dinheiro com a formação de pessoal que não são seus empregados? Se nem com os deles o fazem de boa-vontade, quanto mais com quem não lhes é nada! Mas o Paulo continua... Fecham-se os centros de formação que andam para aí a chupar o pessoal com empresátios mal intencionados (mais desemprego) et voilà...
E. - E de onde virá a poupança na diminuição da TSU? Se admitirmos que os trabalhadores do estado são cerca de 650.00 num total de 3.000.000 dificilmente se encontrarão aqui poupanças, antes pelo contrário.
F. - Substituir parte das pensões atuais por títulos de dívida pública para serem resgatados quando e por quem? Pelos herdeiros?
Ora bolas para as soluções!
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