Não deixa de ser curioso que o representante da UE tenha dito que a base de trabalho foi aquilo que as oposições em bloco rejeitaram por ser extremamente gravoso para o povo português!
Interessante que um banqueiro que anda aflito a encerrar balcões e a despedir colaboradores contratados a termo, venha agora dizer que foi bom o PEC IV ter sido chumbado, uma vez que no entendimento há uma fatia que lhe vai cair direitinha nos bolsos, enquanto no PEC IV não existia nenhuma.
Curiso que o líder do principal partido da oposição tenha preferido um programa humorístico para dizer que ía assinar o protocolo de entendimento, e que umas horas antes se tenha negado a fazê-lo numa entrevista dada à RTP 1 em horário nobre;
Por falar em Nobre, de notar que este acha que o protocolo de entendimento ataca violentamente o estado social, pelo que gostarei de o ouvir falar sobre o assunto na próxima campanha.
Seria estranho que a tríade não afirmasse que se tívessemos recorrido mais cedo o acordo seria menos penoso, pois se o dissesse estaria apenas a dizer que os erros que cometeram na Grécia e na Irlanda teriam sido cometidos também por cá, ou julgam que foi pelos nossos lindos olhos ou pela intervenção do Catroga que as medidas se tornaram mais soft?
Este protocolo devia ser lido com atenção, pois há nuances para o seu cumprimento e há os que querem que seja apenas o Zé Pagode a paga-lo e há outros que preferem que todos paguem, aí está a diferença, saibam os portugueses fazer a destrinça.
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