26 maio, 2011

O insulto

Se esta campanha nos trouxe novidades, este, pelo vistos veio para ficar.
Tornou-se moda insultar! Parece que quanto mais grave for o insulto, mais interessante se torna o ulular da turba que o exige.
O insulto é uma forma de violência, e se o mesmo tiver como objeto alguém, existem leis que o penalizam, para além das morais e de bons costumes, mas, pelos vistos, não há quem as aplique.
Quem não tem argumentos, insulta! É fácil, é barato e pode criar simpatias.
Sempre entendi o insulto como a forma mais rasteira e simplória de resposta, pois não necessita de rebater ideias nem de procurar justificações, basta insultar.
As nossas élites liberais que adoram denominar-se educadas, respeitadoras e senhoriais, desta feita esfrangalharam os princípios, e deleitaram-se com o insulto que diziam ser apanágio das classes mais baixas.
Tomaram-lhe o gosto, elevaram-no aos salões da falsa aristocracia endinheirada, e ei-lo em todo o esplendor, ampliado por uma comunicação social empenhada aos compadrios e jogos de poder que se desenrolam entre poderosos bonequeiros que os manejam a seu bel-prazer.

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