22 maio, 2011

Economia paralela

Desconhecendo-se o valor que este tipo de economia poderá vir a ter nas contas públicas, não é estranho que não faça parte do debate entre os candidatos à AR?
Todos sabemos que existe, e a maioria colabora ativa e/ou passivamente com ela.
É o carro que levamos ao mecânico da esquina para fazer um biscate para mudar o óleo e o filtro e nos leva 50/60€ sem fatura, é o carpinteiro que o amigo nos referenciou e leva 20/h (140€/dia ou 3.080€/mês), é a senhora de limpeza a quem se paga 6€/h (42€/dia ou 924€/mês), é o feirante que nos vende batatas, cebolas, espinafres, maçãs, peras, flores, sacos de plástico, etc e não nos dá um qualquer papelucho, é o restaurante que serve um magnífico arroz de pica no chão a um grupo de malta e no fim ainda oferece o café e os digestivos mas a conta é apresentada num guardanapo, é um mundo privado, secreto, onde interesses, muitos dos quais poderosos, movimenta milhões e que servem na maior parte das vezes para engordar quem já é anafado, ou como complemento de prestações que saem do erário público, mas que raramente são remédio para a sobrevivência.
O silêncio sobre este assunto é ensurdecedor! Porque será?

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