Pensava eu que o RSI era devido a todos aqueles que não tendo uma base mínima de sobrevivência possível ficariam com direito a receber o RSI e a entrar num programa de inserção social, desde que o provassem, ou seja, quem vivesse sózinho e tivesse menos de 189,53 € mensais, ou no caso de viver com familiares, se o titular recebesse menos dos tais 189,63 € e se cada dependente maior recebesse menos de 132,66 € ou sendo menor, menos de 94,76 € .
Teríamos assim que um casal com um filho menor que obedecesse àqueles critérios e tivesse menos de 416,95€ (138.98 € per capita) estaria apto a ser subsidiado.
O Paulo Portas que é tão amigo dos desempregados e dos velhinhos reclama contra esta ajuda, o que não é de admirar, pois a direita acha que os pobrezinhos são assim a modos que umas coisas para as tias fazerem a caridadezinha, agora que o Pedro Passos Coelho diga que este subsídio se devia apenas destinar a idosos e a deficientes é que é de arregalar o olho, pois a sua preocupação com os desempregados, pelos vistos, passa por manda-los trabalhar, e já deve andar a pensar em distribuir enxadas e outras alfaias pelos ditos, para se dedicarem à lavoura, pois assim poupar-se-ão divisas na importação de alimentos.
Já estou mesmo a ver, camionetas cheias de desempregados a desembarcarem algures no Portugal rural, para ajudar no plantio do milho, trigo e cevada, no regadio de hortas e pomares ou na apanha de batatas e morangos.
Ao estado competirá pagar o transporte e a alimentação deverá ficar a cargo dos lavradores beneficiários, o pagamento pelo trabalho deverá ser em géneros, que os pobres coitados depois poderão, nos seus tempos livres, comercializar em feiras e mercados dando assim mais um empurrão à economia nacional.
Com propostas destas, não existam dúvidas que estes rapazes darão uns grandes primeiros-ministros.
Votem neles, votem, depois não venham aqui para a porta pedir esmola e dizer que não sabiam que ía ser assim, e gritar aqui-del-rei que me enganaram.
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