Não se entende muito bem para que é que o Conselho de Estado reuniu, uma vez que as suas conclusões já há muito que estavam nos cabeçalhos dos jornais, e os agentes políticos já as haviam afirmado em diversas ocasiões!
Cavaco, mais uma vez, passa ao lado dos problemas, esperando que os mesmos sejam resolvidos a contento mas recusando uma intervenção mais forte.
Primeiro o teor da convocatória não poderia ser mais estapafúrdio - Portugal no contexto da crise da Zona Euro.
Pelos vistos não era nada relacionado com o incómodo da sociedade civil quanto às medidas do governo, nada teria a ver com as dissenções no seuo da coligação no poder, nem tampouco serviria para analisar o comportamento e medidas tomadas pelo governo que estrangularam o País.
O ponto 4. do comunicado é delicioso, uma vez que os Conselheiros concluem que o cumprimento das exigentes metas (que metas?) do acordo que o estado subscreveu (qual acordo? o original ou o atual?) devem ser cumpridas!
Depois apelam ao diálogo, à estabilização financeira, ao crescimento económico, à criação de emprego e à coesão social!
Mas apelam a quem?
A quem não tem enveredado pelo diálogo como forma de governar? A quem não se tem preocupado com o crescimento económico? A quem nada tem feito para contrariar o desemprego? A quem se esteve a borrifar para a coesão social?
Depois atiram-nos com um balde de esperança, como se fosse esta que dá de comer aos que têm fome, abrigo aos desalojados, emprego aos despedidos e aos que procuram trabalho, tratamento para os que não têm já dinheiro para os remédios ou para os tratamentos, livros para os que estudam e por aí fora.
Pois, vamos lá a ser solidários e a congregar vontades, para que aqueles carrinhos todos que vimos a sair de Belém possam continuar a ser comprados, usados e pagos com o dinheiro que tanto nos custa a ganhar.
Ora bolas!
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