Os nossos inteligentes (des)governantes, part safar o défice do ano passado, lembraram-se de meter as mãos num bolo envenenado que estava a cargo dos banqueiros - os fundos de pensões!
Ficaram todos contentes por terem encaixado de uma assentada uma pipa de massa e afirmavam contentes que a medida era "actuarialmente equilibrada, protegendo os interesses dos contribuintes. A operação, de carácter extraordinário, tem alguns benefícios substanciais que vão para além do cumprimento do objectivo do défice orçamental. Permite mobilizar montantes consideráveis de activos, num momento de grande dificuldade de acesso ao financiamento. De forma mais genérica, este encaixe vai permitir o pagamento de dívidas de administrações públicas, contribuindo assim para o processo de diminuição do rácio de transformação dos bancos portugueses e o financiamento da economia" .
Esqueceram-se talvez de dizer que mais de metade regressou de imediato aos cofres da banca, fazendo assim que o que a banca teria de pagar ao longo dos anos servisse para encaixar pagamento de curto/médio prazo, com os benefícios daí decorrentes e com os encargos a pesar do lado do estado nos anos seguintes!
Os artífices de tão grande negócio, ruinoso para o estado sem dúvidas algumas, pois o que se transferiu foram responsabilidades ficando os bancos com o património que estava cativo pelos fundos de pensões na mão a custo zero.
Poderão os economistas de serviço explicar muito bem explicadinho quem é que ficou a ganhar com o negócio?
Será que a Segurança Social já anda pela mó de baixo por causa desta fabulosa operação?
Porque é que não perguntam ao Vitor Bento, à Manuela Ferreira Leite, ao inteligente António Borges, ao sempre atento João Duque, ao curioso João Salgueiro, para já não falar de outros conotados com o reino do disparate.
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