Sempre que ouvimos falar de rentabilidade, competitividade, emprego, desenvolvimento e outros que tais, os nossos políticos, economistas e demais demagogos de serviço, enchem a boca com a necessidade urgente de baixar impostos às empresas, de esmagar (ainda mais) os vencimentos dos trabalhadores por conta de outrém (TCO), aumentar os horários de trabalho, etc.
Ou seja, penalizar os TCO e aliviar o patronato!
Mas se olharmos à nossa volta, verificamos que a taxa média de impostos (TMI) das sociedades no nosso País é idêntica ou inferior à que vigora nos países que nos são indicados como exemplo, vejamos:
TMI em 2010 - 25% em Portugal, que é o mesmo que é na China ou na Dinamarca, mas depois o que vemos?
25,5% na Holanda, 26% na Finlândia, 26,3% na Suécia, 28% na Inglaterra e na Noruega, 29,4 na Alemanha, 30% na Espanha, 31,4 % na Itália, 34 % na Bélgica, 40 % nos Estados Unidos, 40,7 no Japão... (Fonte KPMG).
O que é que se conclui?
Temos uma taxa assim tão elevada como transparece dos discursos oficiais?
E que dizer dos custos do trabalho?
Será que os nossos 12,1 €/h estarão perto dos 20,1 da Inglaterra, dos 20,5 da vizinha Espanha, dos 27,4 da Irlanda, dos 30,1 da Alemanha ou dos 39,1 da Suécia, entre outros? (Fonte Eurostat)
A quem é que convence os contos da carochinha dos impostos mais baixos para as empresa e a redução dos custos na retribuição para atingirmos uma melhor competitividade?
Não será a nosso tecido empresarial que precisa de mudar de vida?
Não será o governo que terá de apontar o caminho para o futuro?
Não andaremos todo a ser enganados para contribuir para a engorda de uns poucos?
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