Nunca como agora as fugas de informação de assuntos que se passam no seio do governo se verificaram em tão larga escala.
A quem interessam? Quem são os seus mentores? Como são possíveis?
Assistirmos boquiabertos a fugas de informação vindas de reuniões em que um mínimo de pessoas está presente!
Veja-se, a título de exemplo, o caso do número de ministros chamados a consulta sobre a TSU?
Segundo o Público, Pedro Passos Coelho terá convocado sete ministros.
Qual dos sete terá dado com a língua nos dentes?
Se a Assunção Cristas não levantou qualquer problema e o seu parceiro, Mota Soares, foi havido na prévia discussão do assunto por inerência de funções; se Carlos Moedas e Vitor Gaspar estão irmanados na defesa desta solução; se o Nuno Crato anda lá para dar cabo da escola pública e está a borrifar-se para o resto, só um dos três restantes, que pelos vistos se opuseram à medida, poderá estar envolvido, ou será que a manobra é mais complexa e a notícia do Público é apenas um atirar de culpas para quem não as tem?
Mas não foi este o único caso estranho. Desde os SMS's recebidos pelo primeiro-ministro, passando pelos recebidos pela eminência parda Relvas, foram as fugas de informação do SIS, às fugas durante a eleboração do OE de 2012, as fugas de informação do conselho de ministros entre as picardias dos ministros Álvaro e Gaspar, as fugas sobre a privatização da RTP, enfim, uma quantidade delas em apenas um ano de governção e sempre em assuntos delicados.
Parece que a ética e a deontologia andam muito afastadas deste conjunto de pessoas que se reclamam representantes da transparência, do rigor, da seriedade e da verdade, e não o praticando, reclamam-se porquê?
É com estes exemplo que a nossa juventude se vai formando, depois ainda há quem se admire da falta de escrúpulos, solidariedade, ponderação e sociabilidade que, cada vez mais, se tornam difíceis de encontrar.
Desta vez estou de acordo com o Ângelo. Garotices!
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