15 setembro, 2012

Gostaria de compreender

Este governo gosta de encher a boca com a sua política a favor dos mais desfavorecidos, mas o paleio é facilmente desmontável.
Em 2011, criou um imposto extraordinário de 3,5% sobre todos os rendimentos, a saber: - do trabalho fossem eles dependente ou independente, prediais, pensões e mais-valias.
De fora ficaram os juros e dividendos (taxa liberatória).
Em 2012, os reformados e pensionistas que tiveram entre 485€ e 1.000 € receberam um corte nos subsídios de natal e décimo quarto mês, e quem ganhasse mais não recebeu nada.
Dir-se-á que para este governo 485€/mês é ser rico!
Tem ainda a grande lata de dizer que a medida apenas apanha cerca de 20% do universo, esquecendo que está simultâneamente a dizer que cerca de 80% recebem pensões de miséria e misturando no mesmo saco pensões por invalides e pensões de velhice o que é uma mistificação a juntar ao esquecimento das pensões da CGA e de outros sistemas.
Este ano avança com a roubalheira de mais 10% às pensões acima de 1.500 €, mas fica-se pelos funcionários públicos.
Em contrapartida tira 7% a todos os que trabalham por conta de outrém desde que ganhem mais do que o SMN (485 €)!
Olhando para tudo isto, será que este governo ainda terá lata para se arvorar em defensor dos mais carenciados?
Será que os carenciados são todos aqueles que ganham mais de 485 € nuns casos e noutros mais de 1.000 ?!
Quanto é que ganha um reles "advisor" que propões medidas destas? Sabendo que há assessores do primeiro-ministro a ganhar por mês mais de 3.600 € de salário base, que há especialistas nas finanças a ganhar mais de 4.300 €, que na defesa há especialistas com mais de 4.200 €, uma adjunta na justiça vale mais de 5.300 €, na saúde os especialistas já vão em 4.500 € e até na cultura uma adjunta vale mais de 4.700 €!

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