Ontem, no Prós e Contras da RTP 1, dei comigo a ouvir um senhor que se intitulou marinheiro a dissertar sobre a Fundação Champalimaud que apelidou de "mamarracho" onde afirmou, em português corrente, referindo-se à dita fundação, que "não serve para nada, aquilo"!
Esperei que um coro de protestos se elevasse da assembleia, ou que os doutos palestrantes não deixassem passar em claro tais afirmações que foram, indubitavelmente, uma ida de um sapateiro para além da chinela, no seu desabafo.
Só a Fátima Campos Ferreira, timidamente, esboçou um "penso que o senhor não está bem informado sobre o que se está a fazer na fundação, nem sobre a matéria da investigação, em todo o caso..." e valorizou de imediato o desaparecimento da escola de pesca que se encontrava no mesmo local!
Se calhar, não teria havido necessidade de destruir a escola de pesca que lá se encontrava, mas apoucar daquela maneira uma instituição que faz mais do que a maioria das que por aí andam a fazer que fazem, deveria justificar uma tomada de posição da parte dos muitos intervenientes que botaram faladura.
Mas, infelizmente, a nossa sociedade é assim!
A nossa camada culta entende (mal) que não vale perder tempo a esclarecer os que se encontram atrás, talvez por desprezo, talvez por snobismo, e por isso, cala-se!
E cala-se, porque pensa que vozes de burro não chegam ao céu e está enganada, pois a ver este programa, deverão ter estado outros burros como o que falou, a abanar a cabeça para baixo e para cima, concordando com o seu desconhecimento de coisas que não sabem mas que pensam não lhes interessar.
Não sei se este triste foi um eroo de "casting" - afinal, quem é que foi o reponsável por levá-lo ali - ou se há algum propósito por detrás disto.
Não sendo muito adepto das teorias da conspiração, não deixo de lhes dar a atenção que merecem, e num tempo em que as inabilidades se misturam com o maquiavelismo num caldo de cultura popenso a aventureirismos ameaçadores.
Fica o reparo.
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