Este (des)governo descobriu, agora, que o remédio que irá meter o país nos eixos será um forte corte no social!
Não se sabe muito bem o que será esse corte, nem quem é que irá sofrê-lo, pois no segredo deverá estar a alma do negócio.
Alguns trombeteiros já começaram inclusivé a falar em valores, e um deles, reles economista a soldo, que adora papaguear nos pasquins e televisões até já questionou se será justo alguém que ganhe 2.000 € por mês pagar o mesmo que um detentor do SMN quando recorre ao hospital!
Para além de não saber do que está a falar, pois quem ganha o SMN não paga taxas moderadoras, como proporá o senhor que seja taxado o utente? Como será feita a cobrança do acto médico? E que percentagem pagará? Será então que quem ganhe 2.000 € pagará o mesmo do que os que ganham 4 000 €? E os que ganham 10.000 €? Ainda terão direito a ser atendidos no hospital público?
Então que dizer na educação? Iremos passar a cobrar propinas de acordo com o IRS/IRC? Haverá quem fique isento? E porque não privatizar o ensino na sua totalidade e dar cheques ensino a quem fosse estudar e não tivesse meios? De uma assentada acabavam-se com os gastos na manutenção das escolas, o ministério da educação passaria à categoria de subsecretaria de estado e os professores passavam todos para o ensino privado! Como o estado pouparia...
De caminho, em vez de pagar pensões de miséria, talvez dar uns valezinhos para o óleo (pois azeite só para ricos), para a margarina, arroz, massa e batatas. Umas senhas para a carne e o peixe e um pacote de maizena para o creme aos domingos.
O mesmo se faria para os desempregados, que se colocariam em IPSS's a fazer o servicinho, ou a cortar a relva nos jardins públicos, a fazer segurança em museus e bibliotecas, como tarefeiros nos hospitais ou guias turísticos nos postos de turismo. No fim opagavam-lhes em senhas.
Ah! Não esquecer do chequezinho para a renda que seria dado parcimoniosamente a quem tivesse casinha modesta e pequenina, pois os restantes que não fossem pobrezinho e humildes que se desenrascassem, pois não podia andar o pessoal a pagar os impostos para sustentar maus hábitos.
Não sei porquê, mas dá-me a impressão que há por aí muita gente com vontade de ter os pobrezinhos outra vez à porta, humildes, rotinhos, de chapéu na mão, para depois deixar cair uns cêntimos nas mãos estendidas e despedir-se com um:
- Não se esqueça de o ir gastar todo em vinho e cigarros!