31 maio, 2011

Maio acaba hoje

O mês da Bona Dea segundo uns e da Maia segundo outros, era o mês da fertilidade, e este mês de Maio, de facto, foi fértil em pantomimas, discursos, insultos e pouco mais.
A fertilidade irá andar distante destas paragens por algum tempo e os próximos Maios não serão melhores do que este, infelizmente.
Talvez o próximo Junho nos traga pavão novo, que com as suas penas em leque procura fazer-nos distrair do seu feio pupilar.
Queiram os deuses dar-nos sabedoria bastante para que o olho não engane a mente, e que os ouvidos se mantenham atentos aos sinais que vem emitindo.
O velho Gil Vicente já o dizia - Mais vale burro que me carregue do que cavalo que me derrube!
Que Juno não nos traga Juventa que com ela trará Marte que nos entregará a Vulcano que na sua voragem nos consumirá de vez, e nós, infelizmente, não somos a Fénix para tentar a experiência.

Quem precisa do RSI?

Pensava eu que o RSI era devido a todos aqueles que não tendo uma base mínima de sobrevivência possível ficariam com direito a receber o RSI e a entrar num programa de inserção social, desde que o provassem, ou seja, quem vivesse sózinho e tivesse menos de 189,53 € mensais, ou no caso de viver com familiares, se o titular recebesse menos dos tais 189,63 € e se cada dependente maior recebesse menos de 132,66 € ou sendo menor, menos de 94,76 € .
Teríamos assim que um casal com um filho menor que obedecesse àqueles critérios e tivesse menos de  416,95€ (138.98 € per capita) estaria apto a ser subsidiado.
O Paulo Portas que é tão amigo dos desempregados e dos velhinhos reclama contra esta ajuda, o que não é de admirar, pois a direita acha que os pobrezinhos são assim a modos que umas coisas para as tias fazerem a caridadezinha, agora que o Pedro Passos Coelho diga que este subsídio se devia apenas destinar a idosos e a deficientes é que é de arregalar o olho, pois a sua preocupação com os desempregados, pelos vistos, passa por manda-los trabalhar, e já deve andar a pensar em distribuir enxadas e outras alfaias pelos ditos, para se dedicarem à lavoura, pois assim poupar-se-ão divisas na importação de alimentos.
Já estou mesmo a ver, camionetas cheias de desempregados a desembarcarem algures no Portugal rural, para ajudar no plantio do milho, trigo e cevada, no regadio de hortas e pomares ou na apanha de batatas e morangos. 
Ao estado competirá pagar o transporte e a alimentação deverá ficar a cargo dos lavradores beneficiários, o pagamento pelo trabalho deverá ser em géneros, que os pobres coitados depois poderão, nos seus tempos livres, comercializar em feiras e mercados dando assim mais um empurrão à economia nacional.
Com propostas destas, não existam dúvidas que estes rapazes darão uns grandes primeiros-ministros.
Votem neles, votem, depois não venham aqui para a porta pedir esmola e dizer que não sabiam que ía ser assim, e gritar aqui-del-rei que me enganaram.

30 maio, 2011

Sem comentários

A grande necessidade é que Sócrates se vá embora*

Pedro Passos Coelho vai-me desculpar, mais uma vez digo, eu não ando à procura de um outro primeiro-ministro, eu ando à procura que o engenheiro Sócrates saia de primeiro-ministro. E ele só sairá de primeiro-ministro no dia em que o PSD tiver mais votos do que o PS, só nesse dia

* Manuela Ferreira Leite

28 maio, 2011

28 de Maio

É bom não esquecer esta data, pois pode ser que idêntica revolução já esteja em marcha.

Pergunta inocente

Se no dia das eleições as sondagens que andam por aí estiverem (mais uma vez) distantes da realidade, será que valerá a pena gastar dinheiro com elas ou será melhor comprar umas bolas de cristal?

27 maio, 2011

Assim vai a nossa imprensa

No Correio da Manhã, uma análise fabulosa e isenta sobre duas realidades diferentes, dois portugueses diferentes, um com 53 anos e uma vida onde exerceu funções privadas e políticas, com outro que, com 43 anos (dez anos mais novo) levou uma vida de político onde esporadicamente exerceu funções privadas.
De Sócrates, em 2009, ficamos a saber que auferiu de rendimentos 106.781 € e era primeiro-ministro, do outro sabemos que, no mesmo ano, ganhou 96.391 €, ou seja menos 10.390 € sendo em simultâneo administrador de duas empresas e professor.
Se de Sócrates lhe conhecemos o património, pois entrega a sua declaração obrigatória  todos os anos desde 1986, de Passos nada se sabe, pois quando teve de o declarar foi em 1985 (há 25 anos) e era então estudante sem remunerações e património.
Do mesmo modo, no que se refere a casa própria, de Sócrates, o jornalista informa que adquiriu uma casa por 235.000 € em 1998 (já lá vão 12 anos), tendo para o facto pedido um empréstimo de 45.225 € que entretanto pagou, mas não conseguiu saber por quanto comprou a casa PPC, apenas sabe que contraiu um empréstimo de 277.782 € em dois bancos, ou seja, em data que não se pode precisar PPC comprou uma casa que não se sabe quanto custou, nem onde foi comprada, nem a quem, nem sequer quanto valerá.
Finalmente, diz-se que Sócrates anda de Mercedes, não se fala no modelo nem no ano, mas sabe-se que Passos anda de Opel Corsa (aí já o modelo interessa), não sendo referido o ano.
Ora sabendo que um Mercedes pode custar cerca de 24.000 € e um Corsa poderá custar 27.700 € como se poderá aferir aqui e aqui, isto se forem comprados novos. E será que PPC, como Sócrates não tem viatura de serviço? E a tê-la qual será a diferença?
Depois de tudo isto alguém me poderá informar seriamente do que tentou fazer o CM com o título Um de Mercedes, outro de Opel

IVG

Afinal PPC em menos de 24 horas já teve pelo menos três posições diferentes sobre o assunto!
Com esta velocidade e capacidade de contorção, se algum dia chegar a PM, ser governado por ele será o mesmo que andar no carrossel oito.

26 maio, 2011

O insulto

Se esta campanha nos trouxe novidades, este, pelo vistos veio para ficar.
Tornou-se moda insultar! Parece que quanto mais grave for o insulto, mais interessante se torna o ulular da turba que o exige.
O insulto é uma forma de violência, e se o mesmo tiver como objeto alguém, existem leis que o penalizam, para além das morais e de bons costumes, mas, pelos vistos, não há quem as aplique.
Quem não tem argumentos, insulta! É fácil, é barato e pode criar simpatias.
Sempre entendi o insulto como a forma mais rasteira e simplória de resposta, pois não necessita de rebater ideias nem de procurar justificações, basta insultar.
As nossas élites liberais que adoram denominar-se educadas, respeitadoras e senhoriais, desta feita esfrangalharam os princípios, e deleitaram-se com o insulto que diziam ser apanágio das classes mais baixas.
Tomaram-lhe o gosto, elevaram-no aos salões da falsa aristocracia endinheirada, e ei-lo em todo o esplendor, ampliado por uma comunicação social empenhada aos compadrios e jogos de poder que se desenrolam entre poderosos bonequeiros que os manejam a seu bel-prazer.

Às vezes nem dá para acreditar

Se há coisas que antigamente gostava era assistir a concursos em que os concorrentes se iam bater por um lugar no pódio, demonstrando os seus dotes de conhecimentos globais.
Disse gostava, porque hoje em dia, o único desse tipo é conduzido pelo José Carlos Malato, na RTP 1, e chama-se Quem Quer Ser Milionário - Alta Pressão, e dá-me a impressão de que ou os concorrentes são uma data de aldrabões e apenas vão lá para os seus cinco minutos de exposição (raras vezes de fama), ou o ensino neste país desceu abaixo de cão!
Ver pessoas que se intitulam possuidoras de licenciaturas, alunos de pós-graduações e mestrados, estudantes universitários, técnicos disto e daquilo, falharem em perguntas de lana caprina é, infelizmente, o pão-nosso-de-cada-dia, e admirado fico com a displicência com que alguns aceitam a sua gritante ignorância.
Mas, pelos vistos, ninguém aborda o assunto, pois preferem divertir-se na crítica às Novas Oportunidades, aos defeitos do ensino público ou ao facilitismo do GAVE.
Haja pachorra!

Isto é ético?

Via CC, fui ao DN ler isto!
Será este o novo método de angariação de votos idealizado pelos estrategas do PSD?

25 maio, 2011

Sua excelência, o candidato!

Ao ler este divertido naco de prosa sobre o reputado candidato do PSD a primeiro-ministro, não o conhecendo, nem tendo as artes da Maya, a única coisa que me resta é rir a bandeiras despregadas.
Por ele ficámos a saber da precocidade de Pedro Passos Coelho (PPC) - aos sete anos (antiga 1ª classe) no distante ano de 1971 -  já o menino abandonava as brincadeiras para ouvir sensatamente as conversas sobre o estado do País e os problemas do mundo, que o senhor seu pai tinha com os amigos (não em casa ou no café da esquina) mas na residência do senhor governador do Bié!
Poderemos imaginar o teor conspirativo das conversas em que participariam o governador, o diretor dos serviços de saúde e demais gente grada (talvez também o sr. brigadeiro comandante do setor) e logicamente todos longe de comungarem do ideário marcelista.
Eu que era um pouco mais velho e andava nessa altura pela região, bem recordo a atuação desse excelentíssimo governador, de quem as autoridades militares se queixavam fortemente por causar problemas aos nativos que pretendiam instalar-se na zona e cultivar a terra, mas enfim, isso serão outras histórias.
O jornalista titulou esta crónica de bem-dizer com o título de Racional, gestor, tímido, barítono: Pedro Passos Coelho é um líder natural e eu ouso perguntar porquê?
Sim, porquê? 
Quais as razões da dita racionalidade? O escutar as conversas dos mais velhos? O ir dar uma volta a Lisboa à borla para ir a um congresso da UEC onde se aborreceu de morte pois os jovens da sua idade só queriam falar de coisas sérias? A sua incrição no PSD de Vila Real para poder participar num campeonato de cartas? A sua decisão de se juntar a uma das Doce aos 21 anos? Não seguir Medicina porque (por causa da política) queria ficar em Lisboa (não existia Faculdade de Medicina em Lisboa na altura???)?!
E gestor de quê? De empresas ligadas ao mesmo grupo pertencentes ao seu amigo Ângelo e que pelos vistos não administrou lá muito bem? Ou por andar como consultor numa mão cheia delas ligadas ao ensino? Gastar demais e depois não ter dinheiro para o táxi no fim das touradas do Bairro Alto?
Tímido? Atirar-se a uma das Doce, andar na pândega até às tantas, cantar o fado e à desgarrada, comer e beber até às tantas?
Serão essas as características para um líder, um futuro primeiro-ministro de um País em crise? Um condutor de homens?
Se para expressar uma ideia demora horas, como irá governar um Pais que precisa de decisões ao minuto?
Talvez por tudo isso, não votaria nunca na personagem sem antes o ver atuar, mas sem batuque nem cantorias à mistura, pois já me bastou o la-rai-lá-lá-lá televisivo com que fui brindado um dia destes em que o barítono, candidato a PM nem sequer sabia de onde era proveniente a canção folclórica que um grupo de velhinhas lhe cantava e a sua guia pelos vistos também não.
Livra!

Controlo de animais errantes

A CMP, no seu site dá a conhecer um novo programa sobre o controlo dos animais errantes que andam pela cidade!
Desconhecerá esta autarquia (o que nem seria de estranhar), que a AR aprovou, por unanimidade, uma política sobre o controlo dos animais errantes, que passa sobretudo pela esterilização dos mesmos e métodos de não abate, apelando à sensibilização das populações para o não abandono dos animais em locais públicos, simplificando a adopção dos mesmos em centros a isso destinados/habilitados, e pela criação de programas RED (recolha, esterilização, devolução) originando colónias estabilizadas e instituindo o conceito de animal comunitário?
Desconhece!
Talvez por isso, o pelouro do ambiente se lembrou de uma medida mais barata: - fazê-los desaparecer matando-os à fome!
Além de errada nas suas premissas, a falta de alimentação torna-os mais agressivos e passíveis de se transformarem em colónias sobredimensionadas e violentas, o que poderá dar a entender que o pelouro do ambiente não se preocupou em estudar o assunto ou em falar com especialistas (alías como é timbre do presidente da casa), sendo recomendado à população o recurso ao ostracismo, que já provou ter falhado quando da sua campanha contra os arrumadores e toxicodependentes (não dê a moedinha).
Esta autarquia que não se preocupa com os tapumes na baixa, com a degradação e abandono do edificado no coração da cidade, com a fuga das populações para os concelhos vizinhos, que não tem uma política de transportes urbanos/suburbanos verdadeiramente eficaz, que tem tentado destruir a todo o custo os mercados tradicionais da cidade, que pensa na Avª da Boavista como pista particular para uma corridinhas de x em x anos, que não tem política cultural, de captação de populações, de segurança, de ordenamento territorial, de promoção da cidade, lembra-se agora da promoção do controlo dos errantes pela fome!
Pode ser que adopte este plano para todos os errantes que por aí andam, pois talvez assim se consiga correr de vez com a estrutura camarária que mais mal fez à cidade desde que me conheço e já lá vai mais de meio século.

24 maio, 2011

Coisas que detesto

Ir a uma livraria, perguntar por um título e ver o empregado afadigado às voltas com um misterioso computador e que me vai fazendo perguntas do tipo:
- sabe quem é o autor?
- é recente?
- não sabe de que editora é;
- e é sobre o quê;
para, invariavelmente, no fim terminar dizendo que não tem, não sabe onde há, mas se eu quiser esperar uma semana talvez se arranje qualquer coisinha, isto quando a resposta não é o curto e seco não tenho que muitos dão sem sequer se dar ao trabalho de ir ver..
Mas tem pior, são as muitas livrarias on-line que ostentam milhentos títulos mas que à frente vão pondo, envio em 24 horas (o que poderá dizer que chegará num espaço de três/quatro dias); expedido em dois ou quatro dias (ou seja, só o apanho dentro de uma semana se tiver pouca sorte); envio em 5 dias; esgotado ou não disponível (como se uma coisa fosse sinónimo da outra).
Depois queixam-se de não terem clientes e darem prejuízo.

E.T. - Já não falo no proibitivo preço dos ditos que mais parecem folheados a ouro, quando por vezes não passam de péssimas traduções do original ou vêm çemeados de erros ortugrafícos.

Critérios estranhos, ou talvez não...

Não resisto a deixar aqui um link para este post do Teatro Anatómico.

Pode repetir s.f.f.

SIC-Notícias, Jornal das Nove, Mário Crespo entrevista o Professor António da Cruz Serra, presidente do IST, a propósito da comemoração do centenário daquela instituição.
Como aperitivo, solicita ao insigne professor um comentário sobre uma badalada pergunta sobre o número de planetas do nosso sistema solar aparecida num teste do 9º ano.
Diz os sr. professor ... essa era uma que até os melhores alunos poderiam errar por ser demasiado simples e induzir em erro os alunos !!!!! (Não terão sido estas as palavras exatas mas o sentido foi).
Posso pasmar ou estarei a ser demasiado exigente?!

Citações (XLIII)

A maledicência é uma ocupação e lenitivo para os descontentes.

Máximas, Marquês de Maricá

Curiosidades

Já alguém reparou que a soma das percentagens, apresentada no Público, da última sondagem dá qualquer coisa como 100,10%!
39,6+33,2+12,1+6,6+5,6+3,0=100,1 ou não será?
Será isto mais um milagre desta campanha (de intoxicação)?

Disparates

É bem conhecida de toda a gente, até dos mais distraidos, que quer seja em política, quer noutro tipo de eventos mediáticos, são organizadas as chamadas excursões, com direito a farnel e transporte de borla e até prendas para diversos intervenientes.
Posto isto, e uma vez que este tipo de atuações, embora merecedores de censura é, infelizmente, o pão-nosso de cada dia, dá-me um pouco vontade de rir ver as virgens ofendidas com a desastrosa operação feita com a conivência de pelo menos um empregado de uma embaixada estrangeira.
Levar gente que não fala português, que não vota, que é facilmente identificável quer pela indumentária, quer pela maneira de vestir, distribuir-lhe uma saquinha com um farnel e bandeiras para acenar, é obra desastrada de quem anda a organizar a campanha do PS, que das duas umas, ou é demasiadamente estúpido ou então está a boicotar a campanha e deve ser afastado.
Que os telejornais e jornais falem do assunto é natural, pois a notícia é do tipo do homem que morde o cão e nada haverá a apontar, agora que alguns jornalistas e comentadores reajam como se isso fosse coisa nunca vista (refiro-me às excursões, aos farnéis, aos transportes pagos por autarquias, empresas e pelos próprios partidos) é de uma sem-vergonhice idêntica à de quem organizou o evento.

23 maio, 2011

A mentira tem perna curta

Passos Coelho falando em Coruche, conforme noticia o JN, avisado sobre a suspensão de publicação em DR (o que as tornaria efetivas) de nomeações feitas às escondidas pelo governo de gestão, dizendo que tal ato indicia uma atitude deliberada de ocultar essas nomeações.
O PM em funções esclarece, e bem, que as nomeações estão suspensas para o novo governo que vier a sair das eleiçõe, poder confirmá-las ou não, demonstrando com isso que não há gato escondido com o rabo de fora, mas apenas medidas que esperam caucionamento de quem tiver direito para as fazer.
Como este tipo de atitudes é uma novidade para o PSD, talvez o seu líder ache estranho tal medida - quem não se lembra das famosas nomeações e negócios fechados à última hora, e até despachos assinados depois de eleito novo governo por parte de altos responsáveis do PSD?
Afinal alguém mente, e não é primeiro ministro, secretário-geral do PS, nem se chama José Sócrates.

(Con)Fusões

O PSD, pela voz do seu candidato vai dando a conhecer a conta-gotas os novos ministérios do seu governo.
Primeiro foi a fusão da Justiça e a Administração Interna, a seguir veio a Saúde e a Segurança Social, deta vez cabe a fusão da Agricultura, Mar e Ordenamento do Território.
No meio de tudo isto foi despromovida a Cultura.
E vão 4.
Na forja estará a desmilitarização do Ministério da Defesa, quiçá juntando-lhe os negócios Estrangeiros.
Fundem-se as polícias - deverá ter sido um conselho do homem que advogava as superesquadras de má memória - e desaparece o SEF.
Neste cadinho experimental, em tempo de crise, não se compreende muito bem como é que tudo isto se fará, os custos que determinarão, a inoperacionalidade que resultará, a confusão monstruosa que tudo isto vai acarretar, a não ser que seja apenas uma leve maquilhagem governamental, que aumentará as secretarias de estado, contratará mais uma boa dose de especialistas para analisar os assuntos, deitar tudo na misturadora, carregar no botão e esperar que saia sumo.
Se não sair, paciência, pelo menos estragou-se/destruiu-se o que já havia sido feito, e como o que não tem remédio remediado está, basta atirar a culpa para a propalada calaceirice da função pública, a resistência à mudança dos mais velhos, as forças de bloqueio ou outra qualquer justificação que pode incluir o célebre "estado em que isto estava quando aqui chegamos".

22 maio, 2011

Economia paralela

Desconhecendo-se o valor que este tipo de economia poderá vir a ter nas contas públicas, não é estranho que não faça parte do debate entre os candidatos à AR?
Todos sabemos que existe, e a maioria colabora ativa e/ou passivamente com ela.
É o carro que levamos ao mecânico da esquina para fazer um biscate para mudar o óleo e o filtro e nos leva 50/60€ sem fatura, é o carpinteiro que o amigo nos referenciou e leva 20/h (140€/dia ou 3.080€/mês), é a senhora de limpeza a quem se paga 6€/h (42€/dia ou 924€/mês), é o feirante que nos vende batatas, cebolas, espinafres, maçãs, peras, flores, sacos de plástico, etc e não nos dá um qualquer papelucho, é o restaurante que serve um magnífico arroz de pica no chão a um grupo de malta e no fim ainda oferece o café e os digestivos mas a conta é apresentada num guardanapo, é um mundo privado, secreto, onde interesses, muitos dos quais poderosos, movimenta milhões e que servem na maior parte das vezes para engordar quem já é anafado, ou como complemento de prestações que saem do erário público, mas que raramente são remédio para a sobrevivência.
O silêncio sobre este assunto é ensurdecedor! Porque será?

Já cá canta mais uma!

AMIC

N' A Baixa do Porto este pedido de ajuda.
Se todos contribuirmos ajudamos a fazer crescer a cultura na cidade, vamos lá?

21 maio, 2011

Falando de leituras

Leio com apreensão Man's Search For Meaning de Viktor E. Frankl.
Uma visão terrível do dia-a-dia nos campos de morte das SS, vista pelos olhos de um prisioneiro.
Olhar terrível que mostra a transformação de oprimidos em opressores, de prisioneiros em guardas, duma raça que se mata a si mesma sem pudor e sem interrogações morais, só tendo a intenção de sobreviver... a todo o custo...

Preguiça

O tempo que faz por estas bandas, pede música baixinho, um livro e uma brisa ligeira.
A música - das ondas a beijar a areia, é a melopeia sugerida.
O livro, um clássico - Adeus às Armas.
Assim estarei reunido num amplexo curioso - o velho (eu) e o mar...

20 maio, 2011

Citações (XLII)

Se apenas houvesse uma única verdade, não poderiam pintar-se cem telas sobre o mesmo tema.

Pablo Picasso

Para rir um bocadinho

Do Tiago Julião das Neves no Jugular.

Sobre a gestão e outras questões.

Tenho ouvido por aqui e por ali, alguns iluminados desta praça que gostam de comparar o País a empresas ou então às nossas comezinhas economias domésticas!
Para estes esclarecidos, numa qualquer empresa quem não gere bem vai para o olho da rua e é substituído! Já em casa o problema torna-se mais bicudo, pois quem gastar mais do que o que ganha não pode ser demitido ou apeado, pois ou é marido ou mulher e talvez seja também, pai, mãe ou cabeça de casal e tenha de se desunhar o melhor que sabe.
Será por isso que há tantos gestores no desemprego? Que aqueles que entre os nossos patrões gerem mal e porcamente têm de deixar de o ser? 
Então está tudo resolvido com uma facilidade estonteante.
Empresa que dê prejuízos quatro anos seguidos... fecha-se ou substitui-se a administração!
E que tal acabar com os descontos para a TSU e diminuir os ordenados no equivalente ao que os trabalhadores descontam e substituí-la pela obrigatoriedade das empresas passarem a pagar a reforma dos seus colaboradores, dar-lhes o auxílio devido nas situações de doença, pagar uma parte substancial dos estudos deles e dos filhos, assisti-los na reforma e na velhice, subsidiar os seus funerais, subsidiar os que colocar voluntária ou involuntariamente no desemprego, sob pena de irem parar com os ossos à prisão sem necessidade de ir a julgamento pois qualquer lei ordinária resolverá isso?
Não se esqueçam de que também deverão pagar os respetivos abonos de família e sustentar os que não conseguem ter um rendimento minímo que lhes permita sobreviver em condições de dignidade.
Vamos a isso?

P.S.: Não esquecer de começar a investir nas cadeias pois não vai haver celas para tanto preso por falta de cumprimento das suas obrigações sociais.

Parkadina

É um medicamento dado aos doentes com Parkinson, comparticipado pelo estado e produzido pela BASI, que é maioritáriamente detida pela FHC - Farmacêutica.
A BASI, segundo o último relatório disponível no seu site teve lucros, em 2009 (último ano publicado) de 198.481 € que representaram um crescimento de + de 202% em relação ao ano anterior.
Por outro lado, a FHC, teve no mesmo período lucros de 3.677.264 €, que resultaram de apenas uma variação positiva de 24,9% em relação a 2008.

Serve este preâmbulo para nos situarmos no essencial. A BASI em clara chantagem para com o estado, deixou de abastecer as farmácias com Parkadina, medicamento de preço de referência à volta de 7,90 € (embalagem de 60 cápsulas), alegando prejuízo na sua comercialização e penalizando assim cerca de 5.000 doentes.
Ora, sabe-se que a BASI pretenderá aumentar o preço em cerca de 155%, querendo que este passe a custar 20 €.
Sendo este medicamento (que não tem substituto), em Portugal já mais caro do que é em França (5,00€) e na Grécia custar apenas 10,00€, a que é que se deve chamar isto?
É este tipo de farmacêuticas nacionais que temos e de vampiros que as dominam, depois venham os liberais dizer-me que o mercado tudo regula.

19 maio, 2011

O meu sobrinho

mandou-me este e-mail para eu não me esquecer.

O que disseram três banqueiros portugueses:
Fernando Ulrich (BPI) (Banco Português de Investimento)
29 Outubro 2010 - "Entrada do FMI em Portugal representa perda de credibilidade"
26 Janeiro 2011 - "Portugal não precisa do FMI"
31 Março 2011 - "... por que é que Portugal não recorreu há mais tempo ao FMI?"
Santos Ferreira (BCP) (Banco Comercial Português)
12 Janeiro 2011 - "Portugal deve evitar o FMI"
2 Fevereiro 2011 - "Portugal deve fazer tudo para evitar recorrer ao FMI"
4 Abril 2011 - "Ajuda externa é urgente e deve pedir-se já"
Ricardo Salgado (BES) (Banco Espírito Santo)
25 Janeiro 2011 - "... não recomendo o FMI para Portugal"
29 Março 2011 - "Portugal pode evitar o FMI"
5 Abril 2011 - "... é urgente pedir apoio .. já!"

Lisboa moderniza-se

Os automóveis antigos não podrrão mais andar na baixa lisboeta, ou seja, qualquer detentor de um carro antigo, no seu estado original, e que o tenha estacionado numa garagem de um dos muitos prédios da baixa lisboeta, terá de o deixar ficar por lá ou alugar um teboque para o levar e trazer sempre que o queira utilizar!
É nestas chachadas que os nossos eleitos perdem o seu precioso tempo que poderia ser muito melhor aproveitado se dedicado a tarefas mais úteis, como por exemplo, livrar a cidade de tanto veículo com uma só pessoa, gastar dinheiro e áreas em parques de estacionamento em vez de melhorar a rede de transportes urbanos, zelar pela limpeza e bom estado dos passeios, etc.
Mas assim é mais fácil dar nas vistas.
Não mais serão vistas vistosas caravanas der automóveis antigos, os felizes possuidorres de um Panhard, NSU TT, Ford A ou Rolls-Royce anterior aos catalizadores ficam proibidos de usar os seus carros em nome da pureza do ar de Lisboa.
Com tanto carro a vomitar nocivos gases de escape para a atmosfera, com tanto cimento que cobriu jardins, com tanta falta de espaço verde, lembraram-se agora de uns mg por km3...
Já agora proíbam os fumadores de fumar na rua e às janelas, a utilização do ar condicionado nos carros e nas empresas que deitam cá para fora muito mais veneno, abatam os prédios que têm isolamentos de amianto, vá lá, tenham coragem.

18 maio, 2011

Mais uma

Começo a estar farto...

... das opiniões da senhora Merkel.
Não terá ela uma casa para arrumar e limpar? Que deixe de olhar para os outros, falar do que não sabe e deixar de ter a mania que a Alemanha é a dona da Europa, pois o tiro pode sair-lhe pela culatra como já aconteceu a outros que também se arrogavam o direito de tudo saber.

Citações (XLI)

Não pensem que um ser humano possa ser muito diferente de outro. A verdade é que fica com vantagem quem tiver sido formado na escola mais rude.

Tucídedes

17 maio, 2011

Os juízes de bancada

Já conhecia os treinadores de bancada, os comentadores de bancada, os ministros de bancada, os professores de bancada, mas ultimamente parece que apareceu uma nova classe - os juízes de bancada!
Sem nada saber sobre as investigações feitas ou em curso, sem nunca ter lido ou ter acesso às peças do processo, sem sequer o eventual culpado ou inocente ser ouvido, já deliberam, julgam, condenam, absolvem, fazendo em simultâneo o lugar de acusador público, advogado de acusação, polícia de investigação, juiz de instrução e emissor da respetiva sentença.
Cá está uma boa maneira de poupar uns cobres ao Estado, arranja-se um tacho a esta malta, paga-se-lhes em senhas de gasolina e dão-se-lhe a ler os jornais diários, depois é só esperar una minutos e já teremos sentença, fundamentada e tudo.
Aos outros, reformam-se já e poupam-se umas guitas do carago.

P.S.: Já me esquecia, deve ser fornecido ao juiz de bancada antes do início do processo qual o clube e o partido em que o réu milita, pois é fator determinante para uma decisão perfeita.

10

Número mágico que aparece de vez em quando.
Tivemos a Tetratkys que era o desdobramento da unidade e construía a pirâmide perfeita. Moisés recebeu do Seu Senhor os Dez Mandamentos.
Há dez princípios fundamentais - Finito - Infinito,- Impar-Par, Unidade-Multiplicidade, Direita-Esquerda, Macho-Femea, Repouso-Movimento, Recta-Curva, Luz-Trevas, Bem-Mal, Quadrado-Oblongo segundo Aristóteles.
O número perfeito porque em si encerra a unidade e o nada.
Temos o sistema decimal, o nº 10 de Downing Street, a camisola 10 do Travassos, do Maradona ou do Pelé, os Top 10, e sei lá que mais.
Agora temos mais um!
Um governo com dez ministros se o PSD chegar ao governo. Quais serão? Mistério ou gato escondido com o rabo de fora?
Pelo menos um já saíu a público a junção do Ministério do Interior e o da Justiça!
Ou seja, a justiça policial ou a polícia justiceira. Fazem o favor de escolher.

Devagar, devagarinho.

O ministério da cultura foi-se pela calada, medida apoiada pela cultura de direita, mas cá estaremos para saber quanto se vai poupar. Agora é o ataque às Novas Oportunidades que irão ser reestruturadas (eufemismo interessante), pois andam para aí uns malandros a querer tirar uns cursos que não servem para nada.
Não sei porquê, algo me vem à memória sobre um político há muito desaparecido que queria os portugueses pobrezinhos, humildes, rústicos, analfabetos e cristãos.
Estamos no bom caminho... se ninguém se acautelar.

Espanha vai dar entre quatro a cinco mil milhões de euros a Portugal

Não, não há engano, é mesmo assim que o Público diz em manchete esta notícia.
Mas alguém nos dá alguma coisa?
Não iremos pagar juros, e nada baixos, destas dádivas?
Será que se eu assinasse o Público, este poderia dizer que mo dava diariamente?

Lá vai mais um

Agora é o mercado do Bom Sucesso que vai desaparecer durante uns tempos para renascer como hotel + escritórios + mercado nova era!
As pessoas que vivem na sua envolvência, de repente, são atirados para os braços das grandes superfícies uma vez que o pequeno comércio na área é praticamente inexistente.
Passamos a ir ao mercadinho da Foz - que é longe  e não substitui nem tem capacidade para tanto - ou ao decrépito Bolhão que se desfaz dia após dia?
Vamos comprar aos concelhos limítrofes? 
Mas não se diz que a população do centro urbano está envelhecida e necessita de melhores apoios!?
Em que ficamos?
Será esta uma nova maneira de captar mais população residente!?

Falta de sono

Poderia estar a dormir, a sonhar com alguma coisa agradável pois já basta de pesadelo!
Gostava de acordar amanhã e não ouvir falar de política.
Estou cansado mas... sem sono!
Que maçada!

Roswell

Talvez por andarmos demasiado entretidos com a política, parece que deixamos passar esta notícia em branco.
Os amantes das teorias da conspiração adoram isto, será só culpa deles ou a tendência para o encobrimento é real?.

16 maio, 2011

Citações (XL)

Arrependo-me muitas vezes de ter falado, nunca de me ter calado.

in Sentenças de Públio Siro

15 maio, 2011

Fernanda Palma

O direito sempre foi a sua paixão, ouso afirma-lo sem receio de ser desmentido seja por quem for, esta sua posição, vem confirmar que a sua opinião sobre a justiça nada tem a ver com as ervas daninhas que por lá se infiltram.
Parabéns!

O verbo mais utilizado em Portugal

O verbo mentir, geralmente na terceira pessoa, seja ela singular ou plural, mas também na segunda em debates.
Ele mente, eles mentem;
Ele mentiu, eles mentiram;
Ele mentia; eles mentiam;
Ele mentirá; eles mentirão; e por aí fora.
O que é estranho é este súbito desaparecimento da primeira pessoa do vocabulário político-jornalo-comentadorístico!

Desculpem lá qualquer coisinha

Porque hoje é Domingo

Corrupção na CMP!?

Afinal a corrupção andará por aí, segundo o JN,  nas mais altas esferas da CMP. Seria a isto que o Paulo Morais se referia e que quando perguntado em sede própria disse nada, pois nada resultou das suas famosas denúncias?!
De recordar este artigo no Público em Fevereiro de 2010.

14 maio, 2011

Stiglitz

Austerity is an experiment that has been tried before with the same results.
O artigo completo aqui.

Justiça à portuguesa.II

Via A Baixa do Porto, algumas considerações sobre um douto acordão, emitido pelo Tribunal Administrativo e Fiscal do Porto.
Não querendo confundir as árvores com a floresta, parece serem necessários jardineiros e/ou madeireiros para podar algumas e derrubar outras, visto que, alguns dos ramos, nuns casos, e até árvores inteiras, noutros, estarão a entravar a harmonia do todo.

Justiça à portuguesa.

Que cada um decida o que lhe aprouver, sobre a decisão deste acordão.
Cá por mim, caso a queixosa fosse minha neta, filha, esposa ou irmã, eu saberia o que fazer, mesmo que não tenha nascido em Fafe.
Só lamento que tenha ocorrido no Porto, no Tribunal da Relação.

Brincar com as palavras*

Desvalorização Fiscal (“Fiscal Devaluation”), com redução dos custos do factor trabalho, através da redução da Taxa Social Única (TSU) para as empresas exportadoras ou que evitam importações;
A TSU será reduzida até 4%, ao longo da Legislatura, tendo em vista o objectivo estratégico de acorrer a redução dos custos de produção do sector de bens transaccionáveis, bem como no caso das empresas exportadoras, segundo modelo a definir no OE 2012.
Do programa do PSD.
IMF Survey online: How will competitiveness be restored?
Thomsen: Portugal’s problems are above all structural, as evidenced by the very low growth during the good years before the global crisis hit in 2008 
...
In this regard, I would highlight that the government is now considering what could be a dramatic “game changer” in the form of a sharp reduction in social security contributions in the order of 3–4 percent of GDP (offset by other appropriate tax and expenditure adjustments). This would reduce labor costs significantly and make goods produced in Portugal more competitive abroad...
39.  A critical goal of our program is to boost competitiveness This will involve a major reduction in employer's social security contributions. This measure will be fully calibrated by the time of the first review. The offsetting measures needeed to ensure fiscal neutrality may include changing the structure and rates of VAT, additional permanent expenditure cuts, and raising others taxes that would not have an adverse effect in competitiveness. In calibrating this measure, we will take measures to: (i) mitigate the social impact of higher consumption taxes; (ii) ensure that changes to social security contributions are compensated by allocating equivalent revenues in order not to jeopardize the sustainability of the pension system; and (iii) ensure that tax changes are passed to lower prices. While the proposal might be implemented in two steps, the bold first step will be implemented in the context of 2012 budget (structural benchmark, October 2011).
Fiscal Devaluation - Memorandum of Economic and Finantial Policies
* sublinhados meus.

Variações sobre um tema?

13 maio, 2011

Debate PSD x CDS

Tive pena do PPC, pois o PP, com a sua habilidade natural e a esperteza que o caracteriza, de vez em quando, paternalmente, aconselhava o candidato do PSD a não se enredar em promessas que não poderia cumprir.
Tanto se atiraram um ao outro, que quase se esqueçeram do PM, e o PPC quase se enfunava com a entrevistadora.
E esta, hem!

Blogger!

Um mau serviço!
Se fosse português, de certeza que culpariam o governo ou o PM, mas como não é, parece que nada aconteceu.

12 maio, 2011

Escola da Fontinha

Via A Baixa do Porto chego aqui depois de ter lido estas opiniões aqui, aqui e aqui.
Mais uma vez, pelos vistos, a CMP fez o que não deveria ter feito.
Será que ainda vão culpar o governo?

Textos de António Nogueira Leite

Via CC, dei com este texto que Nogueira Leite escreve onde aparece a menção (via PPL).
Como o texto já tem barbas, e faz parte de uma coletânea que encheu muitas caixas de correio da Net, aqui vão mais umas pérolas de pessoas que votam também no PSD.

Ao visitar uma casa para alugar, o meu irmão perguntou à agente imobiliária para que lado era o Norte, porque não queria que o sol o acordasse todas as manhãs. A agente perguntou: "O sol nasce no Norte?"
Quando o meu irmão lhe explicou que o sol nasce a Nascente (aliás, daí o nome e que há muito tempo que isso acontece!) ela disse: 
"Eu não estou actualizada a respeito destes assuntos".
Ela também vota!

Trabalhei uns anos num centro de atendimento a clientes em Ponta Delgada - Açores. Um dia, recebi um telefonema de um sujeito que perguntou em que horário o centro de atendimento estava aberto. Eu respondi: 
"O número que o senhor discou está disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana." 
Ele então perguntou: 
"Pelo horário de Lisboa ou pelo horário de Ponta Delgada?" 
Para acabar logo com o assunto, respondi: 
"Horário do Brasil."
Ele vota!

Um colega e eu estávamos a almoçar no self-service da empresa, quando ouvimos uma das assistentes administrativas falar a respeito das queimaduras de sol que ela tinha, por ter ido de carro para o litoral.
Estava num descapotável, por isso, "não pensou que ficasse queimada, pois o carro estava em movimento."
Ela também vota!

A minha prima tem uma ferramenta salva-vidas no carro, para cortar o cinto de segurança, se ela ficar presa nele. Ela guarda a ferramenta no porta-bagagens!
A minha prima também vota!

Uns amigos e eu fomos comprar cerveja para uma festa e notámos que as grades tinham desconto de 10%. Como era uma festa grande, compramos 2 grades. O caixa multiplicou 10% por 2 e fez-nos um desconto de 20%.
Ele também vota!

Se o Nogueira Leite quiser tenho mais...

11 maio, 2011

Carta à minha amiga europa

Cara amiga,
não sei se te deva tratar assim pois de amiga, pffff vou ali e já venho...
Então ao veres a enrascada em que estou porque alguns tipos que tu bem conheces fizeram para aí umas trafulhices numas lojas noutras ruas, quando te pedi auxílio, vieste com falinhas mansas e concordaste em estender a tua protecção desde que eu me comprometesse a arrumar a loja e a comprar uns livros novos de escrituração e agora sais-te com esta!.
Embora já tivesse falado com o meu cliente mais poderoso e este estivesse de acordo comigo para que eu falasse contigo, decidi só falar com os outros depois de ter a segurança que tu não falharias no teu apoio.
Foste porreira e deste-me luz verde para eu implementar cá na loja mais um apertar de cinto, que tu, pelo teu lado, garantir-me-ias cobertura a nível internacional.
O pior foi que o meu cliente principal deu o dito por não dito e ainda me chamou mentiroso, e os outros foram todos atrás dele na mira que eu abrisse falência e viessem eles tomar conta da fábrica.
Ora, tu bem soubeste, os meus fornecedores, ao verem isto, desataram a pedir o pagamento da matéria-prima à vista ou então com juros que não lembravam ao careca, pois assim ainda mamavam algum à minha custa e à custa do pessoal que por cá trabalha.
Voltei envergonhado a telefonar-te e tu disponibilizaste-te, de imediato, a dar-me uma mãozinha, mas punhas como condição que um conhecido agiota também fizesse parte dessa ajuda, pois não tinhas carcanhol para tanto.
Eu bem protestei, mas em face do pilim estar a acabar e das faturas estarem a chegar ao prazo de pagamento, tive de concordar embora contrariado.
Lá apareceste e trouxeste o tal agiota que, compreendeu bem o que se tinha passado e disse que me ajudava mas que eu tinha de mudar a disposição do mobiliário, mudar a produção, fechar a cantina, a sala de jogos e o parque de diversões, vender os terrenos que tinha para ampliar a fábrica e encerrar a loja de guarda-chuvas e a carreira de camionagem.
Tu bem sabes que barafustei, mas lá tive de aceitar, pois os meus clientes passaram a vida à entrada da fábrica, de megafones na mão, a proclamar que eu era um mau gerente de fábrica e que eles sabiam fazer melhor do que eu tinha feito, e que tu, mais o agiota espreitassem para debaixo dos tapetes e no fundo das gavetas pois deviam encontrar por aí grossa marosca, pois eu andava a vestir fatos comprados em Nova Iorque e antes disso era um teso que nem sabia ler nem escrever.
Tu descansaste-me e o agiota surpreendeu-me ao dizer-me que compreendia o meu problema, mas que da sua parte iria levar-me 3,25% no primeiro ano e 4,25 nos seguintes, o que eu agradeci, pois se ele era agiota, tinha de concordar que não me ía dar dinheiro barato, como tu andaste a dar aos bancos teus amigos.
A minha surpresa agora que me faz agradecer-te, é ter sabido que afinal me vais levar mais juros do que o agiota!
Olha filha, com amigas como tu, razão tinha eu em não te querer cá na fábrica, pois se já não tivesse assinado o papelete bem te mandava ir dar uma volta ao bilhar grande e ires chupar outro.
P.S.: Os meus empregados disseram-me para te dizer que gostam muito de ti, principalmente de te ver de costas, pois como te vão encher a parte mais rubicunda talvez qualquer dia ainda te possam levar para a cama, ó amiga de Peniche.

Quem fala verdade?

RTP dá lucro pela primeira vez ao fim de 20 anos

Sabendo-se que a RTP (RTP1, RTP2, RTPInternacional, RTPÁfrica, RTPN, RTPMadeira, RTPAçores, RTPMobile) recebeu em 2010 como indemnização compensatória 145 milhões de euros, como é que o Relvas chega a esse tipo de custos?

Sobre os vinhos da região de Esposende

Tenho para mim, que um dos melhores anos de colheita para os vinhos da região de Esposende terá sido o de 1984!
Baseio esta minha afirmação numa curiosa longevidade deste produto, que apesar da sua côr citrina e levemente ácido no palato, que nas primeiros provas aparenta ser um vinho de difícil apreciação, tem um cheiro fresco, um corpo leve e uma acidez quase perfeita, pese embora que algumas garrafas, dada a sua provecta idade, de vez em quando, em tempo quente, por vezes fazem-no turvar bastante.
Vinho só para apreciadores do género, mostra-se cordato quando em preparações marisqueiras, acompanhando bem peixes grelhados e cozidos, ou servido como aperitivo dada a sua proverbial secura.
Quem dele é possuidor, deve tratá-lo com carinho e cuidado no seu manuseio não vá a rolha saltar por excesso de baldeação.
Guarda-lo em local abrigado e só abusar dele em dias festivos ou em ocasiões especiais é o segredo para o manter ainda bem vivo durante muitos anos.

Parlapatices

Ontem, só vi o início da amena cavaqueira entre o Coelho e o Jerónimo que, pelos vistos, não melhorou a seguir segundo vou lendo por aqui e por ali. Entretanto fiquei surpreendido quando o candidato do PSD em vez de responder às questões levantados pelo seu adversário de momento, em vez de responder como seria curial, começou um discurso onde atacou quem não estava presente e ainda por cima mostrou o seu desconhecimento sobre a língua portuguesa no que de mais básico tem.
Isto vem a propósito da sua justificação sobre o que tinha afirmado sobre as mexidas nas taxas marginais do IVA.
Taxas marginais, são as que se encontram nas margens, daí o nome. No caso das taxas, e uma vez que não é de um rio que estamos a falar, mas de uma tabela, as margens inferiores e superiores é que estão em questão, sendo respetivamente 6, 13 e 23 por cento no continente e 4, 9 e 16 nas regiões autónomas.
Vir dizer que as taxas marginais do IVA são as três é, para além de ser uma tentativa sonsa de enganar o menos letrado, uma mistificação grosseira equivalente a dizer que mexer nas taxas marginais do IRS seria mexer em todas as taxas de IRS.
Este Passos Coelho, para além de demagogo está também a tornar-se num parlapatão, o que não ajuda nada à seriedade que diz estar encerrada nas suas propostas.
Será esta a verdade de que o PSD fala?

10 maio, 2011

Porque é que estamos tão mal?

É fácil de entender, basta ouvir um catedrático de uma Faculdade de Economia dizer que os outros é que não sabem fazer contas, quando defende um programa que agrava em 1.600 milhões de euros as receitas da Segurança Social e o rebalanceia com as receitas do IVA que foram em 2010 de 12.162 milhões de euros (dever-se-á ter em conta que em período de recessão este valor tenderá a baixar substancialmente) é fácil concluir que ir buscar mais de 13% de aumento às receitas do IVA elas terão de incidir nos produtos de maior consumo que como é sabido são os produtos de consumo alimentar e reparações automóveis, logo irão afetar as classes mais desfavorecidas da sociedade e as que estarão mais expostas a uma indiscriminada sibida nos preços.
Sabendo nós todos que, como habitualmente, o abaixamento dos custos de produção não aparecem repercutidos da mesma maneira numa baixa do preço dos produtos, salvo no que respeita ao mercado de exportação, parece-me que se retoma a política dos preços baixos motivados pelos ordenados baixos em vez de enveredarmos pela qualidade e pela novidade.
A ser assim, rapidamente ficaremos na mesma, depois de mais um apertar de cinto que poderá ter algum sentido se devidamente orientado para o redimensionamento do tecido produtivo e a aposta em fatores de desenvolvimento sustentado.
Pela baixa de salários já há muito tempo foi visto que não chegaremos lá.

Prós e contras

No programa de ontem foi mau demais ver o antagonismo demonstrado quer pelo PSD, pela voz de Catroga, quer do CDS, pela voz de Pires de Lima, contra um eventual entendimento pré ou pós eleitoral com o PS.
Infelizmente, esta é a imagem que muitos dos nossos políticos dão do nosso País, mas ainda há que lhes bata palmas.

09 maio, 2011

Ismos

Já há muito se foi o mundo dos socialismos restando apenas uma mão quase vazia de seguidores, velhos na idade e no espírito. O capitalismo desapareceu com a retração do investimento produtivo, levado pela voracidade duma oligarquia para quem os dividendos e a especulação financeira são o seu desígnio final. O bem intencionado liberalismo deitou fora as garantias a dar aos cidadãos, optando por selecionar um pequeno grupo a quem tudo entrega e a quem nada exige. O próprio cristianismo tende a desaparecer por falta de vocações, pois enredado numa teia obscura de interesses e contradições, afunda-se num mar de lama cada vez mais enquistado sobre si mesmo. O islamismo deixou de ser a doutrina de Maomé para se transformar num veículo de perseguição das liberdades individuais, em nome de um Deus que deveria ser misericordioso. O budismo agoniza, amputado da sua capital caída na mão dos novos poderes que despontam a Oriente.
No meio de tudo isto, ganha força o oportunismo, esse ismo que nada tem de político ou religioso, mas que é a religião de muitos, sobretudo de gente ansiosa do poder pelo poder.
Isto não augura nada de bom, num espaço onde há cada vez mais gente e cada vez menos de comer, começam a ouvir-se lamentos e chamadas de intenção por gente atenta aos fenómenos sociais.
Se não lhe derem ouvidos, esses lamentos irão evoluir, avolumar-se transformar-se primeiro em coros multifacetados que velozmente se transformarão em gritos de revolta.
Espero que haja gente atenta por aí, pois o tempo é pouco e a fome é má conselheira.

Coerências

Relvas frisou que é possível mexer nos impostos sem aumentar a carga fiscal, nomeadamente através da estruturação do IVA, um imposto sobre o consumo...

George Osborne*

Não nos vejo a assinar um cheque directamente do contribuinte britânico para o grego ou o português. A Irlanda foi um caso especial, diz o George à BBC referindo que a Grécia, face à difícil situação em que vive, pode envolver a assistência adicional, por exemplo, da zona euro.
É este o exemplo que nos chega dos meninos da direita liberal, que querem mamar na teta da UE, mas não querem partilhar o leite da vaca.
Que tal deixarmos de comprar coisas à Amazon.uk, mandar à fava os C&A e boicotar os produtos ingleses, não acham que era uma boa ideia por parte dos portugueses, dos gregos e de outros que se poderão vir a debater com problemas idênticos em futuro próximo?
* Ministro das Finanças do UK.

Sobre o programa do PSD

Para já, e dada a extensão do programa gostaria apenas de me centrar em metas que o PSD diz que atingirá sózinho, uma vez que não vai ser pau de cabeleira de ninguém.
1. - Reforma da Lei Eleitoral para a AR;
2. - Redução do número de deputados;
3. - Reforma da Lei Eleitoral Autárquica;
4. - Extinguir os Governos Civis;
Poderá o PSD explicar como vai fazer issso uma vez que não é previsível vir a ter 2/3 dos lugares na AR?

08 maio, 2011

Novidades

Este PSD, ou melhor, este presidente do PSD ou não está no seu juízo perfeito ou então bateu no fundo.
Leio no JN de hoje, com algum espanto, que quer substituir as provas de aferição por exames!
E qual será o efeito prático desta medida? Mudar o nome?
Em relação ao TGV (Train à Grande Vitesse) quer substituí-lo por um THV (Train à Haute Vitesse)! Ou seja, podemos ter comboios rápidos mas a andar mais devagarinho, mas para isso terão os espanhóis de estar de acordo, terá de se fazer uma linha que não tenha continuidade do outro lado da fronteira, gastar mais dinheiro num projeto novo, encontrar material que se adapte aos seus desejos, etc.. Quais serão os benefícios e quais serão os prejuízos?
Quanto ao IMI, diz que as casas devolutas pagarão mais, mas esqueceram-se de dizer o que são casas devolutas? A 2ª, 3ª e mais habitações serão consideradas devolutas? As casas sem moradores mas com arrendamentos fantasma serão devolutas? Os edifícios pertencentes a empresas e que estão há muito abandonados são habitações devolutas ou prédios devolutos e que não contam para o agravamento? Saberão os estrategas do PSD que já há câmaras e leis que já o fazem? E porque fala em habitações e não em prédios?
Privatizar um dos canais da RTP, mas qual? A um, a RTPN, a RTPInternacional, A RTP África? E entregá-lo a quem, ao Balsemão? A mais um grupo do tipo BPN? A interesses inconfessáveis?
E que tal a requalificação de 50 mil empregos em cinco anos? Dez mil por ano, 833 por mês num universo de 600 mil desempregados!!
Serão estas as novidades de alguém que quer ser governo?

07 maio, 2011

Sondagens (III)

Há sondagens para todos os gostos e de várias categorias, os jornais, as televisões e as rádios mais parecem superpermercados de sondagens do que agências informativas.
Numas ganha o PS, noutras o PSD, ums vezes o PSD+CDS têm uma maioria parlamentar, outras vezes já são precisos os três da vida airada para termos um governo estável.
Os comentadores e politólogos (raio de nome), vendem a banha da cobra para que foram fadados, derivada das suas simpatias partidárias. Os jornalistas, que parecem nascer como cogumelos, falam mais do que deixam falar e colocam as perguntas que alguém lhes manda colocar, como se de autómatos se tratassem.
Nos blogs nem se fala, copiando os respetivos líderes, o insulto fácil campeia desenfreado num matraquear sincopado tendente a inverter o destino que já está há muito traçado.
Alguns reformados de luxo saem das gavetas empoeiradas e voltam às luzes da ribalta debitando asneiras e metendo os pés pelas mãos na ânsia de mais um tachito ou no minimo uma comendazita a distribuir pelo senhor de Boliqueime.
A Europa olha para todo este circo e interroga-se se vale a pena gastar tempo com este tipo de gente, esquecendo porventura que não são eles os portugueses que vão sofrer na pele o desemprego, a precaridade, a falta de dinheiro para os bens tidos como essenciais, a continuação de uma vidinha miserável e uma incultura galopante.
Este país é um colosso, está tudo grosso, está tudo grosso!

O ovo no cu da galinha

Há por aí muita gente a esfregar as mãos de contentes pois já sonham com os milhares de milhões que nos vão cair do céu como se já tudo estivesse acertado!
Políticos há, que julgam que podem fazer uma campanha de terra queimada e que não haverá ninguém que se importe com as suas frases desbragadas e que prenunciam tempestade já aí à frente.
O PR fala em mudar, mas não consegue mudar o seu estilo e falar duro e certeiro para os que andam por aí como elefantes em lojas de vidraria fina.
O finlandeses vão lendo as notícias nos seus jornais e cada vez mais vão pensar que este povo não se governa nem se quer governar.
Cuidado pois, porque o gelo é fino e pode quebrar-se deixando muitos de nós na pão e água.

Que dirá hoje?

No JN de hoje, o cabeçalho, Passos Coelho defende que Sócrates não tem perdão.
Na notícia avança o mesmo Passos Coelho No Governo ou vai estar o PS ou o PSD; não vamos estar os dois.
Será este o tipo de discurso pedido por Cavaco Silva?
Será esta a melhor maneira de, consciente e serenamente esperar pelo voto do Zé Povo?
Será esta a maneira de aproveitar a campanha para um amplo debate de ideias?

06 maio, 2011

Serão estas as causas?

Muitos chamar-me-ão saudosista, passadista e retrógrado, outros apelidar-me-ão de míope, velho do Restelo e pessimista, alguns dirão que exagero, que estou desfocado com a realidade ou que apenas é a evolução.
Mas, como poderemos hoje que temos mais escolas, mais gente a estudar, mais licenciados, mais jornais, mais pluralismo e não assistir a um evoluir de ideias, um aumento de cultura, uma diversidade de pensamento?
A política afunda-se na retórica do escárnio e mal-dizer, apontando os muitos erros do passado mas poucas soluções para o futuro; a indústria, tirando uma meia-dúzia de combatentes, afunda-se sem norte e sem esperança; a agricultura em vez de andar para a frente e ensaiar novas soluções e produtos limita-se a gritar por subsídios; as pescas, moribundas, deixam os pescadores em terra por falta de embarcações, enquanto os estaleiros estiolam com falta de encomendas; o comércio retalhista vai fechando porta atrás de porta, à medida que se vão reformando os proprietários ou desaparecendo engolidos pelas grandes superfícies, divididas entre o homem da Sonae e o do Pingo Doce; a banca e os seguros vivem de casamentos consanguíneos que lhe vão minando a saúde, tendem a juntar-se debaixo de um enorme guarda-chuva que nunca terá dimensão suficiente para evitar as tempestades.
Olhando à volta, procuro os substitutos dos tribunos de 74 e não vejo ninguém.
O Mário está velho, lutador ainda mas já sem a energia e a agilidade de espírito que o caraterizava, o Freitas oscila entre a sua matriz democrata-cristã e a social-democracia (que é encontrada no PS e nada tem a ver com o liberalismo selvagem do PSD), o Adriano Moreira afastou-se, deixando-nos ainda mais sós, os restantes desapareceram, e, s.m .o.  não vejo concorrentes à altura.
Onde estão os substitutos do Álvaro Cunhal, do Carlos Brito, do Octávio Pato, do Lopes Cardoso, do Henrique de Barros, do Miller Guerra, do Tito de Morais, do Mata Cáceres, do Sotto Mayor Cardia, da Sophia de Mello Breyner, do Amândio de Azevedo, do Barbosa de Melo, do Mota Pinto, do Ribeiro de Almeida, da Helena Roseta, da Natália Correia, do Francisco Sá Carneiro, do Amaro da Costa, do Lucas Pires, do Vitor Sá Machado?
Será que econtramos algum pálido émulo no Parlamento atual ou nas listas para deputados?
E que dizer dos jornalistas que se batiam por causas e pela verdade, como o Portela Filho, Bettencourt Resendes, Carlos Pinto Coelho, Maria Helena Mensurado, Fernando Soromenho, Cáceres Monteiro, Fernando Pessa, Raul Rego e tantos outros que não deixaram escola, pois tirando, hoje em dia, uma mão pequenina onde encaixo o Fernando Madrinha, o Baptista Bastos, a Clara Ferreira Alves e o Mário Mesquita, poucos são aqueles que me fazem prender a atenção ou baixar a música, pois são apenas rodas de uma engrenagem que se encontra na mão de poucos donos e todos da mesma cor. 
Hoje, ou se é a favor do Sócrates ou contra o Sócrates, o mesmo se aplica aos restantes, sejam eles o Portas, o Jerónimo ou o Louçã. 
Tratamos a política como o futebol, somos portistas, benfiquistas, sportinguistas ou bracarenses porque sim, porque o nosso pai já o era ou por qualquer outra coisa, do mesmo modo que uns gostam de uma sopinha de nabos, outros dumas sardinhinhas assadas com pimentos e até os há que gostam de ir torrar ao sol quando as nuvens deixam.
Há uns anos atrás, perguntei numa reunião onde estavam algumas cabeças pensantes se quando fôssemos todos licenciados (alguns agora até já são mestres e doutores) quem é que fazia o lugar de porteiro?
É esse talvez um dos grandes dilemas desta geração.
Porque têm um canudo, pensam poder falar sobre tudo e de tudo saber quando lá bem no fundo são mais ignorantes do que o caseiro da quinta da esquina, que só sabe ler mal e escrever pior, mas que é capaz de dizer com exatidão qual é a área do campo ali ao lado só olhando para ele ou se amanhã o dia será de sol ou não, do mesmo modo que o pescador sabe, das marés e do tempo, orientar-se pelo sol ou pelas estrelas, e para isso não necessitou de pagar propinas.
Camões, que todos sabem (será que sabem?) ter sido um grande poeta, falou no saber só de experiência feito que parece que não abunda por aí, pois a falta de experiência anda aliada à presunção e água benta de que padece a mocidade, e que geralmente lhes é ministrada juntamente com a ideia da competição desenfreada, por professores colocados nas escolas, relativamente bem pagos mas bastante mal preparados.
Ainda não será desta que nos safamos, se não soubermos dar um safanão na nossa cultura nacional que, entrou em reflexão em 74 e ainda não saíu dela, como já referiu Eduardo Lourenço.
Saiamos pois!

Opiniões em caixas de comentários

...
Preocupante mesmo é que se ache que a política é uma espécie de jogo de futebol da segunda ou terceira divisão que se segue, entre bocejos e acessos de ira clubística, num zapping incessante que para mais tempo noutros canais. Assim se perdem os factos, os argumentos e a razão.*

* de um comentário de um João Dias aqui.

Bajulice

Um administrador dum banco que anda de calças na mão a fechar balcões e despedir contratados a termo elogia o empréstimo do triunvirato e critica o governo que o negociou. Nada mais transparente e claro quando se sabe que a chamada troika canaliza para aos bancos parte do empréstimo a ser pago por todos nós.
Se não fosse de um oportunismo atroz poderia ser chamado de bajulice.

05 maio, 2011

Sobre o protocolo de entendimento

Não deixa de ser curioso que o representante da UE tenha dito que a base de trabalho foi aquilo que as oposições em bloco rejeitaram por ser extremamente gravoso para o povo português!
Interessante que um banqueiro que anda aflito a encerrar balcões e a despedir colaboradores contratados a termo, venha agora dizer que foi bom o PEC IV ter sido chumbado, uma vez que no entendimento há uma fatia que lhe vai cair direitinha nos bolsos, enquanto no PEC IV não existia nenhuma.
Curiso que o líder do principal partido da oposição tenha preferido um programa humorístico para dizer que ía assinar o protocolo de entendimento, e que umas horas antes se tenha negado a fazê-lo numa entrevista dada à RTP 1 em horário nobre;
Por falar em Nobre, de notar que este acha que o protocolo de entendimento ataca violentamente o estado social, pelo que gostarei de o ouvir falar sobre o assunto na próxima campanha.
Seria estranho que a tríade não afirmasse que se tívessemos recorrido mais cedo o acordo seria menos penoso, pois se o dissesse estaria apenas a dizer que os erros que cometeram na Grécia e na Irlanda teriam sido cometidos também por cá, ou julgam que foi pelos nossos lindos olhos ou pela intervenção do Catroga que as medidas se tornaram mais soft?
Este protocolo devia ser lido com atenção, pois há nuances para o seu cumprimento e há os que querem que seja apenas o Zé Pagode a paga-lo e há outros que preferem que todos paguem, aí está a diferença, saibam os portugueses fazer a destrinça.

Memorando de entendimento (versão em português)

No Aventar a tradução do Memorando de entendimento entre o FMI/FEEF/BCE e o governo português.*

* Da veracidade ou não deste documento só o Aventar poderá aquilatar, entendo no entanto que, só por uma brincadeira de muito mau gosto, tal aconteceria.

04 maio, 2011

Citações (XXXIX)

Só os medíocres são populares.
Osacar Wilde

No Expresso

Um dos grandes comentadores do Expresso, continua baralhado e, para além de não conhecer a hierarquia dum Governo de gestão, o que não é estranho dado o nível cultural de grande parte dos comentadores e o seu desconhecimento dos mais básicos princípios da diplomacia protocolar, interroga-se hoje sobre o afastamento do ministro Teixeira dos Santos nas negociações com o triunvirato.
Ontem, o PM disse alto e bom som, que foi graças ao bom trabalho deste ministro que as negociações chegaram ao ponto que chegaram e por isso o tinha a seu lado, claro que nada disto interessa ao Henrique. O que lhe interessa sobremaneira é a intrigazita, a sua "Lesboa", a relação do PS com os média (a sua relação com o PSD ou com qualquer dos outros não lhe interessa!), dizer que o dr. Mário Soabres é um indigente intelectual e outras bacoradas do género.
O engraçado é que ainda lhe pagam, enquanto os bácoros, coitados, têm o seu destino traçado à nascença, acabarem numa travessa algures, sem cabeça, assados, fritos ou cozidos para gáudio dos que os mastigam.

A noite das grandes monas

Ainda não se conhecia nada sobre o acordo, e noticiários e comentadores, deixavam no ar os desastres anunciados, ele eram os despedimentos na função pública, os cortes nos subsídios, o empréstimo que já ascenderia a 120 mil milhões, o desaparecimento do Teixeira dos Santos, as privatizações ao molho, o fim do estado social, os despedimentos sem justa causa e mais uma mão cheia de palpites recebidos de fontes insuspeitas e bem informadas.
Os partidos que se tinham recusado a negociar atirando para os braços do demissionário governo essa responsabilidade, grasnavam que nos encontros com a troika tinham dito isto e mais aquilo, como se o triunvirato estivesse a negociar com eles e não com o governo.
Eram os mocinhos e mocinhas que tinham mandado para ouvir o PM a babar-se com pseudo-novidades que sabiam que iriam ser ditas numa antecipação juvenil de um desastre em primeira mão.
Abre-se a porta, aparecem o PM e o ministro das Finanças (líder da equipe negocial) e dizem o que ninguém esperava ouvir.
Que os jornais só tinham dito parlapatices, que os partidos, nomeadamente o PSD, só fabulava, que o PEC IV tinha sido a base das negociações e que mais tarde todos os pormenores seriam conhecidos após as conversas com os partidos.
Os comentadores, coitados, já com risos amarelos, ainda se atiravam à cara austera de Teixeira dos Santos, ao desconhecimento do valor do empréstimo e congeminavam em mais uma dose de especulação noticiosa.
A conta-gotas, o PM vai deixando cair as desilusões (para eles) afinal o empréstimo era de 78 milhares de milhões.
Secou-se-lhes a boca, tiveram de engolir o que diziam ainda há minutos atrás mas não perdiam a coragem, ainda havia a cara do Teixeira dos Santos e não se sabia a taxa de juro.
Nos PSD, o cartomante de serviço, clamava vitória e dizia que se não fosse a sua negociação (!!!!) com a troika a coisa tinha sido pior, o BE clamava pela derrota e tentava também manter-se à tona, o CDS mandava uma jovem jurista opinar sobre o assunto, pois o amado líder estaria recolhido a rezar para que o PM não estragasse mais as previsões.
Num canal público mas que parecia do Balsemão, um Nogueira Leite despenteado e alucinado, reclamava e esbracejava com um Pinho calmissimo afirmando que era doutor e catedrático e que portanto sabia destas coisas melhor do que ele que era apenas doutor em economia e membro do FMI durante três anos... patético.
Esperemos por ver mais grandes monas nos próximos dias e mais desespero.

03 maio, 2011

Isto deve estar mesmo mau!

O Abrupto que tem andado tão silencioso nos últimos tempos (será por ter arranjado mais um lugarzito na SIC), decidiu ontem colocar a sua crónica do Público do passado dia 30 de Abril que é apenas e só mais um libelo contra um dos seus demónios que não deixam de o atormentar.
Mais uma vez, José Sócrates é o leitmotiv. Desta vez é classificado como demónio sugador de sangue que vive para fazer mal a Portugal e aos portugueses.
A irracionalidade da argumentação, a contradição que em si mesma encerra, a aldrabice pura, a desfaçatez está lá toda. A crise financeira mundial de 2008 considerada como a mais grave desde a de 1929 por uns e pior do que aquela por outros, passa-lhe ao lado na prosa inflamada. Bastar-lhe-ia ter dado uma vista de olhos por alguns gráficos para ver que o ratio consumo público/PIB em 2008 era inferior em muito ao que se verificou no tempo do seu querido líder entre os anos de 1990 a 1996, que a famosa dívida abissal que aponta era 3 pontos percentuais acima daquela que o Catroga tinha em 1995 sem crise e com dinheiro a entrar aos trambolhões, atira para cima deste Sócrates os projectos do aeroporto e do TGV como se fosse ele o autor das ideias e não estivesse a dar seguimento ao que os seus camaradas de partido tinham acordado, é esta a sua verdade(!), o mentiroso é o outro.
Afirma que metade dos portugueses odeia este homem (Sócrates)! Donde lhe chegam os números, não diz, é mistério ou apenas mais uma das suas mentiras, mas logo a seguir escreve A palavra é deliberadamente escolhida, porque caracteriza a intensidade da sua rejeição por bons e maus motivos, porque não há apenas os bons motivos, mas também algum corporativismo à mistura, como se passa com os professores, os únicos que o venceram até agora. Claro que esqueceu, porquê(?) não se calcula muito bem, os grandes grupos económicos que à cabeça têm o Jerónimo Martins, o Continente, alguns grupos ligados à comunicação social,  a corporação dos juízes, do ministério público, dos funcionários públicos, dos jornalistas, do ensino privado, das IPSS, e tantas outras que seria fastidioso enumerar.
E quais são os maus motivos? Ter-se-á esquecido deles ou fica-se apenas pelas corporações? É preciso ter lata.
Escreve ainda que a outra metade está do seu lado porque o teme(!!!!!), e qual a justificação? Porque todos preferimos um Demónio a sério do que um Anjo virtual! Assim, sem mais!
Depois proclama que não está a fazer campanha ad hominem, porque não se podem simplificar assim as coisas, mas não explica porque é que não é uma campanha ad hominem mas sim apenas contra ideias e conceções governativas. Outro esquecimento... grave.
Depois perde-se num labirinto de raciocínios complexos, pisa areias movediças, salta, faz piruetas qual faz-tudo em intervalo circense, e informa-nos que foi o Sócrates que deitou abaixo o governo, provocou eleições e se arriscou a tudo. Dos outros, nem uma palavra. Pelos vistos não estavam presentes, não intervieram, nem souberam sequer do que se estava a passar.
Oh! Pacheco Pereira, o homem faz-lhe mesmo azia, não é verdade?

VGM

É-me penoso falar deste senhor, pois é um dos meus vizinhos, nado e criado numa cidade que não escolhe quem lá nasce, do mesmo modo que não escolhemos a família em que nascemos.
Este coriáceo pedante, para além de ter participado, mais de uma vez, na governação deste País, onde não deixou marca de respeito (foi Secretário de Estado da Segurança Social e  Secretário de Estado dos Retornados, respectivamente com o Mota Pinto e o Sá Carneiro), foi deputado de 75 a 78, não deixando nada de nota no Parlamento, e foi para o Parlamento Europeu em 1999 tendo-se arrastado por lá dez anos até 2009.
Dependurou-se em tetas várias como por exemplo na RTP2 (Director 1978), Imprensa Nacional Casa da Moeda (administrador entre 1979 e 1989) acumulando em 1988, a presidência da CE das Comemorações do Centenário de Fernando Pessoa e com a presidência da Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, a Direcção da Revista Oceanos e a de comissário-geral de Portugal para a exposição Universal de Sevilha!!! Terminados esses cansativos cargos, que suponho tenham sido devidamente remunerados, foi para director do serviço das bibliotecas e de apoio à leitura da Fundação Calouste Gulbenkian (outro bastião do PSD) entre 96 e 99.
Que me recorde, da sua passagem pela política onde arrecadou alguns cabedais lembra-me de um relatório, enquanto deputado ao Parlamento Europeu sobre as relações EU/China e nada mais.
De resto lembro-me ainda de ter sido uma das cabecinhas pensadoras que deu origem ao buraco da Expo-98 que ainda hoje dá prejuízos enormes, e mais nada.
Como poeta é razoável, um interessante tradutor, culto q.b., mas de uma peneirice atroz.
Gosta de dizar mal de Portugal e dos portugueses como se pertencesse a uma casta de brâmanes, chega a ser ridículo na sua esquizofrénica tentativa de se separar do País que lhe dá o pão e os lugarinhos ao Sol.
Ouvi-lo quando disserta sobre o acordo ortográfico ou sobre Dante é interessante, quando se mete pelos caminhos da política passa a ser mais um temperamental iconoclasta, que não sabe o que diz, nem tampouco o mal que faz.

02 maio, 2011

Ainda sobre o Bin Laden

Lido no Jugular.

Cinco propostas

Via Blasfémias dou com este texto que tem o título deste post, leio-o e pasmo!
As cinco medidas aí vão:
1. - Renegociação global das parcerias público-privadas para menos de metade;
2. - Imediata reestruturação da dívida pública;
3. - Reduzir pelo menos para metade todas os alugueres e rendas imobiliárias que o Estado paga;
4. - Supressão do modelo de formação financiada;
5. - Redução da TSU em 3% a favor da entidade patronal;
6. - Fixar um montante máximo para as pensões atuais. Para evitar injustiças, deveriam compensar-se aqueles que hajam descontado mais do que deveriam, indemnizando-os em títulos da dívida pública.
O homem pelos vistos é professor universitário e, pelos vistos, já nem contar sabe, pois fala em cinco medidas mas enumera seis, mas adiante que isto é de somenos importância.
Diz-nos ele, de seu nome Paulo Morais, que pouparíamos com o nº 1 mais de mil milhões por ano, com a nº 2 mais outro tanto (já vamos em 2 mil milhões de poupança), com a nº 3 diz que são centenas de milhões mas não quantifica, com a nº 4 poupavam-se 600 milhões, com a nº cinco faz(?) uns cálculos diz que o estado deveria poupar só com os seus empregados cerca de 400 milhões, mas que depois a quebra de receita seria para aí de 10% dos montantes a receber, mas que o diferencial deveria ser buscado no nº 6.
Finaliza dizendo que assim pouparia o Estado cerca de 3,5 mil milhões de euros anuais!
Ora vamos lá a ver, 1.000 milhões do nº 1 + 1.000 milhões do nº 2 + 600 milhões da nº 4 dará 2.600 milhões. Se lhe juntarmos os 400 milhões dos empregados do estado ficaremos com 3.000 milhões onde faltará deduzir a quebra da receita!
Logo, ou na poupança do nº 3 é a maior poupança a realizar, para se chegar aos seus 3,5 mil milhões ou a terra é quadrada.
Agora algumas perguntas:
A. - Como se renegociam as parcerias púclico privadas para mais de metade e onde é que ele foi buscar os valores? Será que os parceiros vão abrir a mão de chorudos lucros só para a satisfação do Paulo Morais?
B. - Como é que se reestrutura a dívida? Por imposição nossa? Não, diz o Paulo, chegamos aos credores pagamos as que têm juros mais altos e arranjamos outras a juros mais baixos!!! E os credores vão nisso? E de onde virá o dinheiro? Será o do FMI/FEEF/BCE?
C. - E os senhorios alinham? E se não alinharem? O estado que arranje alternativa, diz o Paulo, mas respeitando todos os compromissos legalmente assumidos! E a poupança? Em que ficamos?
D. - Acaba-se a formação financiada e os patrões que passem a paga-la! Mas alguém acredita nisto? Os patrões a gastar dinheiro com a formação de pessoal que não são seus empregados? Se nem com os deles o fazem de boa-vontade, quanto mais com quem não lhes é nada! Mas o Paulo continua... Fecham-se os centros de formação que andam para aí a chupar o pessoal com empresátios mal intencionados (mais desemprego) et voilà...
E. - E de onde virá a poupança na diminuição da TSU? Se admitirmos que os trabalhadores do estado são cerca de 650.00 num total de 3.000.000 dificilmente se encontrarão aqui poupanças, antes pelo contrário.
F. - Substituir parte das pensões atuais por títulos de dívida pública para serem resgatados quando e por quem? Pelos herdeiros?
Ora bolas para as soluções!

Vocações tardias

Vendo o Catroga a ser entrevistado e a sair comovido quando ía falar do que fez no período em que esteve no governo - analisar o que ele então fez põe-nos a chorar mesmo que tenhamos o coração mais empedernido - deixou-me admirado ao ver como, um homem naquela idade, resolveu agora enveredar por uma carreira teatral.
Dou-lhe os meus parabéns. Será que é algum curso das novas oportunidades que frequenta?

Osama bin Laden

Morreu! Dizem as agências noticiosas inetrnacionais e di-lo expressamente o atual presidente dos EUA, que acrescenta ter dado ele próprio a ordem de abate.
Criar um mártir, atira-lo á agua e exibir uma fotografia é o final infeliz de um assunto que demorou dez anos a um país cujos recursos militares serão talvez os mais poderosos do mundo!
Creio que a sua prisão e o seu castigo seria muito mais benéfico e exemplar, mas os EUA preferiram criar mais um mito!
Não faltará quem daqui a pouco diga que ele afinal estará bem vivo algures e com um novo visual, outros dirão que o país que defende a democracia e a impõe com o cano das armas prefere fazer de juiz, júri e carrasco em simultâneo, quiçá para esconder algumas responsabilidades.
O seu achamento perto da capital do Paquistão, numa mansão em terreno que é vasculhado diariamente por uma dezena de satélites de novíssima geração pressupões muita falta de empenhamento quer dos próprios, quer dos seus aliados.
O mundo está livre de Osama, dizem... será que a sua sombra irá desaparecer?

01 maio, 2011

1º de Maio

Não é o primeiro de Maio comemorado por causa de umas dezenas de feridos e mortos no país das mais amplas liberdades por lutarem por um horário de oito horas diárias no sec. XIX?
E ainda há agora quem queira dar cabo dessa luta ao fim de dois séculos?
Há gente que é mesmo perversa ou estarei enganado.

Maio, maduro Maio

Porque acho bonito!

Roubado ao Aspirina B.

Calendário ajuizado

Hoje é o dia do trabalhador e por acaso é domingo!
Abençoado descanso.